O antigo médio, quase eterno capitão do Vitória de Setúbal, levou a seleção portuguesa ao primeiro título no atual formato do campeonato continental de sub-19, naquela que foi também a sua terceira presença, depois dos desaires nas finais de 2014 e 2017.
Aos 49 anos, Hélio Sousa venceu o segundo título europeu, praticamente com a mesma geração vitoriosa de há dois anos, graças ao triunfo frente à Itália, por 4-3, após prolongamento, em Seinajoki, na Finlândia.
Como futebolista, Hélio Sousa dedicou a sua carreira praticamente em exclusivo ao emblema de Setúbal, cidade onde se formou em Desporto, no politécnico local.
Depois de um estágio na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), enveredou pela carreira de treinador e estreou-se, em 2005/06, sem surpresa, no Vitória de Setúbal, sucedendo a Luís Norton de Matos.
Seguiu-se uma temporada no Sporting da Covilhã, em 2008/09, e o regresso à FPF, iniciando o seu percurso no comando da seleção de sub-18, alternando entre escalões de formação, seguindo a lógica de acompanhar as gerações até à chegada a seniores.
Desde então, chegou a quatro finais e venceu metade delas.
Em 21 de maio de 2016, em Baku, assegurou o quinto título luso em sub-17, ao vencer na final a Espanha, por 5-4 no desempate nas grandes penalidades, depois do empate 1-1 no tempo regulamentar, num encontro em que Diogo Dalot deu vantagem a Portugal, aos 27, e Diaz empatou para os espanhóis, cinco minutos depois.
Hoje, em Seinajoki, Portugal voltou a estar sempre em vantagem, por 2-0 e 3-2, permitindo duas vezes o empate, até que o suplente Pedro Correia, aos 109, decidiu a final do Europeu de sub-19.
Já os desaires ocorreram em 2014, na fase final de sub-19 disputada na Hungria, onde o alemão Hany Mukthar, aos 39 minutos, marcou o único golo do encontro decisivo, e, no ano passado, na Geórgia, frente à Inglaterra, por 2-1. Easah Suliman, aos 50, deu vantagem aos britânicos, Portugal empatou, aos 56, graças a um autogolo de Dujon Sterling, mas Lukas Nmecha sentenciou a final, aos 68.
O técnico deverá agora orientar a seleção lusa na Polónia no Mundial de sub-20, no qual tem a experiência vitoriosa de 1989, em Riade, apenas repetida dois anos depois, em Lisboa, ambas sob o comando de Carlos Queiroz, um dos responsáveis pela contratação de Hélio Sousa pela FPF, que venceu ainda o Europeu de sub-16 em 1989.
O atual selecionador do Irão é apenas igualado por Agostinho Oliveira, que levou Portugal às vitórias nos Europeus de sub-18 de 1994 e 1999 e de sub-16 de 1996, enquanto Hélio Sousa soma dois triunfos, tal como António Violante (Europeus de sub-16 em 2000 e sub-17 em 2003).
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