Bolt conseguiu nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro o inédito ‘triplo-triplo’ – vitórias em 100, 200 e 4×100 metros em três Jogos -, enquanto que Almaz Ayana teve como ponto mais alto na época o título olímpico de 10.000 metros com recorde do mundo.
Ninguém estranhou que, mais uma vez, fosse Bolt a ganhar na gala do Sporting Club de Monte Carlo, superando de novo uma concorrência ‘de luxo’, composta pelo britânico Mo Farah (campeão olímpico de 10.000 e 5.000) e pelo sul-africano (campeão olímpico de 400 metros e novo recordista mundial).
A forma física de Bolt chegou a inquietar, nos primeiros meses do ano, mas apareceu em ótimo pico de forma no Rio de Janeiro, para conseguir o que ninguém fizera antes.
A um ano do anunciado fim de carreira, já marcado para depois dos Mundiais de 2017, Bolt é de longe o atleta que mais vezes foi considerado o melhor do ano, com o dobro de distinções do marroquino Hicham el Guerrouj, melhor corredor de sempre de 1.500 metros.
Já Almaz Ayana parece ter uma carreira pela frente, aos 24 anos de idade. É a mais recente estrela da escola etíope de meio-fundo, que já deu nomes como Meseret Defar e Genzege Dibaba.
No Rio de Janeiro brilhou com grande intensidade, com uma corrida solitária que terminou com o recorde do mundo batido por 14 segundos. Dias depois ainda teve forças para ser bronze na final dos 5.000 metros.
As outras duas finalistas eram a jamaicana Elaine Thompson, campeã olímpica de 100 e 200 metros com duas marcas de grande qualidade, e a lançadora de martelo polaca Anita Wlodarczyk, também campeã olímpica e que bateu o recorde do mundo por duas vezes, esta época.
Na gala de hoje, Bolt recebeu o prémio das mãos de Sebastian Coe, presidente da IAAF, enquanto que Ayana recebeu o seu do presidente honorário da Fundação Internacional de Atletismo, o príncipe Alberto II do Mónaco.
Outros prémios entregues foram o das “estrelas nascentes”, para o velocista canadiano André De Grasse e para a heptatleta belga Nafissatou Thiam.
O treinador norte-americano Harry Marra, responsável pelo decatlonista Ashton Eaton, entre outros, também foi distinguido, assim como a queniana Tegla Loroupe, que recebeu o Troféu do Presidente pela sua função de chefe da missão da equipa olímpica de refugiados no Rio de Janeiro.
A escolha para o prémio Mulheres no Atletismo recaiu sobre a grega Polyxeni Argeitaki, professora na Universidade de Atenas, com múltipla actividade ligada ao atletismo.
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