Valentina Petrillo é a primeira atleta, assumidamente, transgénero a competir nos Jogos Paralímpicos já esta segunda-feira, representando a Itália no paratletismo em Paris.
A velocista, de 50 anos, compete na classificação feminina T12, para atletas com deficiência visual.
Petrillo, que fez a sua transição em 2019, correrá os 400m T12 a partir das 18h43 no horário local (19h43 em Portugal) e os 200m mais tarde na competição. À BBC Sport disse que a sua participação nos Jogos seria um "importante símbolo de inclusão".
No ano passado, Petrillo ganhou duas medalhas de bronze no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico.
O presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC), Andrew Parsons, disse que, embora Petrillo seja "bem-vinda" em Paris pelas atuais políticas do Atletismo Paralímpico Mundial, ele quer ver o mundo desportivo mais "unido" nessas mesmas políticas transgénero.
Há, no entanto, vários atletas que se opõem à participação da atleta italiana em corridas femininas. Mariuccia Quilleri, advogada que representou vários desses atletas, afirmou que a inclusão foi escolhida em detrimento da justiça nos Jogos.
Quais são as políticas transgénero nos Jogos Paralímpicos?
Atualmente, não há uma posição definida no desporto em relação à inclusão de atletas transgéneros. Neste caso, o IPC permite que os órgãos internacionais que regem cada desporto definam as suas próprias políticas.
Enquanto a World Athletics, por exemplo, proíbe mulheres transgénero de competirem na categoria feminina em eventos internacionais, a World Para Athletics permite que uma atleta, legalmente, reconhecida como mulher compita na categoria para a qual a sua deficiência a qualifica.
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