A organização anunciou a desistência da número 10 mundial, hora e meia antes do encontro da final, que iria decorrer no estádio Louis Armstrong, que será o palco do Open dos Estados Unidos, entre segunda-feira e 13 de setembro.
O torneio de Cincinnati, que decorre habitualmente no Ohio, estado da cidade que dá nome à competição, transferiu-se este ano para Nova Iorque devido à pandemia do novo coronavírus, com o objetivo de existir “um ambiente controlado”.
“Lamento ter que desistir hoje devido a uma lesão”, justificou Naomi Osaka em comunicado, explicando que a lesão aconteceu ainda na meia-final, mas que tinha esperança em recuperar, após uma semana emcionalmente muito intensa.
A tenista chegou a anunciar na quarta-feira, antes da meia-final, a desistência em Cincinnati, como forma de protesto contra a “violência policial”, depois de o afro-americano Jacob Blake ter sido baleado pela polícia.
O agente disparou várias vezes nas costas do afro-americano, de 29 anos, quando este abria a porta de um veículo, onde estavam os seus três filhos menores, o que foi gravado por câmaras de telemóvel de testemunhas. A vítima permanece internada no Hospital Froedtert, em Milwaukee.
“Como vocês sabem, retirei-me do torneio ontem [na quarta-feira] para apoiar a luta contra a injustiça racial e a continuação da violência policial. Eu estava (e estou) pronta para entregar o jogo ao meu adversário”, disse a ex-número um mundial, numa declaração enviada ao The Guardian e ao New York Times.
Contudo, a atual 10.º classificada da hierarquia mundial, de 22 anos, voltou atrás na decisão, após “extensas consultas” com a Associação de Ténis Feminino (WTA) e a Federação Americana de Ténis (USTA).
A saída hoje de Osaka abriu caminho para o primeiro título de Azarenka desde 2016 e o 21.º da carreira da bielorrussa, que no palmarés tem dois Open da Austrália (2012 e 2013) e foi duas vezes finalista vencida no Open dos Estados Unidos (2012 e 2013).
A tenista, de 31 anos, que chegou a ser líder do ranking feminino em 2012, chegou a admitir retirar-se no início de 2020.
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