“A equipa está bem. Obviamente, sentiu [a derrota por 3-2 na Noruega com o Bodo/Glimt], mas temos um lema e não conseguimos fugir dele: quando perdemos um jogo de maior significado, faço logo questão de deixar uma mensagem aos atletas, redirecionando-os para aquilo que é importante. A agonia foi grande e durou até ao momento em que analisámos o jogo. A partir daí, apontámos baterias para a próxima partida e os jogadores deram uma resposta brutal no treino”, assumiu, em conferência de imprensa.

Os ‘dragões’ perseguem a terceira vitória seguida na I Liga, após terem iniciado na quinta-feira a fase regular da remodelada Liga Europa com uma derrota frente ao campeão e líder isolado da Liga norueguesa, que atuou quase 40 minutos em inferioridade numérica.

“Não foi feita uma revolução [no ‘onze’ inicial] na Noruega. Entraram três jogadores, que deram o seu contributo. Não foi por eles que perdemos, mas pelo coletivo e por minha culpa. Eu também tenho um grande grau de responsabilidade no resultado. Pode ou não haver mexidas frente ao Arouca. Tenho confiança ilimitada nos jogadores e estou muito satisfeito com todos”, atestou Vítor Bruno.

A segunda derrota da temporada contrastou com o triunfo alcançado há uma semana na visita ao Vitória de Guimarães (3-0), da sexta jornada, que isolou o FC Porto na segunda posição do campeonato, antes das receções sucessivas ao Arouca e ao Sporting de Braga.

“O Arouca sofreu apenas um golo nos últimos dois jogos fora e criou-nos problemas na época passada. Isso tem de ser um sério aviso para nós. É uma equipa recheada muito talento e de gente muito experimentada e conhecedora da realidade do futebol português”, caracterizou, rejeitando que haja “jogos com maior ou menor grau de dificuldade”.

Além de entrar em campo a seis pontos do campeão nacional e líder isolado Sporting, que atingiu a sétima vitória em outros tantos desafios na visita ao Estoril Praia (3-0), na sexta-feira, na abertura da jornada, o conjunto de Vítor Bruno pode ser hoje provisoriamente ultrapassado pelo Benfica, em caso de triunfo ‘encarnado’ na receção ao Gil Vicente.

“Há que fazer sempre o nosso caminho, porque, se olharmos muito para o lado, sujeitamo-nos a tropeçar na primeira dificuldade. O nosso discurso é sempre o mesmo: o jogo mais importante é com o Arouca. O Sporting tem vencido bem e está com mérito no primeiro lugar. Temos de ir ganhando as nossas partidas e, no final, faz-se contas e vê-se quem é o melhor”, frisou.

O treinador admitiu a possibilidade de convocar o médio Fábio Vieira, que recupera de uma lesão muscular na coxa direita e ainda não jogou desde o regresso ao FC Porto por empréstimo do vice-campeão inglês Arsenal, tendo evoluído hoje para treino integrado condicionado, num dia em que o avançado espanhol Fran Navarro fez gestão de esforço.

Vítor Bruno equacionou ainda o regresso às escolhas iniciais do centrocampista Vasco Sousa, que perdeu a titularidade depois da derrota em Alvalade com o Sporting (2-0), da quarta jornada, à qual se seguiu a primeira paragem do campeonato para os compromissos das seleções nacionais.

“São opções técnicas, da mesma forma que optámos pelo Stephen [Eustáquio], que fez um jogo gigante em Guimarães. Acho que aí ninguém perguntou pelo Vasco Sousa, mas fazem-no agora, porque associam [a sua ausência] a um resultado negativo [com o Bodo/Glimt]. Ele dá totais garantias e pode entrar diretamente no ‘onze’ inicial”, finalizou.

O FC Porto, segundo classificado, com 15 pontos, recebe o Arouca, 13.º, com seis, no domingo, às 18:00, no Estádio do Dragão, no Porto, em encontro da sétima jornada da I Liga, sob arbitragem de André Narciso, da associação de Setúbal.