Questionada pela Lusa, a APCVD confirmou já ter sido “proferida e notificada ao arguido a decisão final” do processo decorrente do jogo entre vitorianos e portistas, em 16 de fevereiro último, a contar para a edição de 2019/20 da I Liga.
“Por despacho exarado em 20 de outubro de 2020, foi aplicada ao Vitória Sport Clube, Futebol SAD a coima de 55 mil euros, bem como a sanção acessória de realização de três espetáculos desportivos à porta fechada, com início do cumprimento da sanção acessória após regresso do público aos espetáculos desportivos”, lê-se na resposta à Lusa da APCVD.
Esta decisão é passível de recurso, dispondo o Vitória de Guimarães de “um prazo de 20 dias para eventual impugnação judicial”.
O caso ocorreu há oito meses, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, durante o jogo de futebol entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, que os ‘dragões’ venceram por 2-1.
Por volta dos 70 minutos, pouco depois de ter marcado o golo da vitória ‘azul e branca’, Marega, que já alinhou nos vimaranenses, pediu para ser substituído e acabou mesmo por abandonar o relvado, agastado com cânticos de natureza racista que lhe estavam a ser dirigidos por adeptos do Vitória, com sons a imitar macacos.
O caso também originou uma investigação da Polícia de Segurança Pública (PSP) às câmaras da videovigilância do estádio vimaranense, com a colaboração do Vitória, de forma a serem identificados os eventuais autores dos insultos racistas e um processo-crime do Ministério Público (MP) "por atos de discriminação racial".
Três adeptos do emblema vimaranense estão a ser julgados no Tribunal de Guimarães, pelo crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos, desde 25 de setembro.
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