Esse valor traduz um crescimento de 23,5% face à estimativa traçada para a época anterior, de 2,38 milhões de euros, e está inscrito num documento com discussão e votação marcada para a assembleia geral ordinária de 28 de junho, que contempla a atividade do clube, mas não a da SAD, entidade que tutela o futebol profissional e a maioria do futebol de formação.
Os vitorianos querem, aliás, “aumentar o número de associados com quotas em dia em 10%”, estimando que as receitas nesse campo subam de 1,77 para 2,31 milhões de euros, e aumentar o número de lugares anuais vendidos no Estádio D. Afonso Henriques em 10%, embora estimando um acréscimo de receita mais ténue nesse capítulo, de 611 para 637 mil euros.
Os rendimentos totais perspetivados para 2024/25, excluindo os que respeitam exclusivamente à SAD, ascendem a 5,54 milhões de euros, quantia que traduz uma subida de 15% face aos 4,82 milhões orçamentados para 2023/24.
A nível de gastos, o clube minhoto antecipa uma subida de 13%, dos 3,76 milhões em 2023/24 para os 4,25 milhões em 2024/25, aplicando 1,5 milhões na participação no capital social da SAD, que ascende a 67,84% das ações, 1,66 milhões nas várias modalidades desportivas à parte do futebol, e 860 mil euros no quadro de pessoal.
O Vitória projeta assim um saldo positivo de 1,3 milhões de euros entre rendimentos e gastos totais e um lucro de 284 mil euros, após descontar juros e amortizações.
Outro dos objetivos traçados pelos vimaranenses para a época 2024/25 é o de atingirem um mínimo de 60% para a taxa média de ocupação do Estádio D. Afonso Henriques, além da manutenção do quarto lugar na tabela de assistências da I Liga, alcançado em 2023/24, com uma média de 17.388 espetadores e uma taxa de ocupação de 59%.
O presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, refere, no documento, que a mais recente temporada foi de “sucesso desportivo”, quer pelos resultados das várias modalidades, quer pelas idas do nadador João Costa e do futebolista Mamadou Tounkara, pelos sub-23 do Mali, aos Jogos Olímpicos Paris2024, e frisa que é prioritário conjugar equilíbrio financeiro e rendimento desportivo.
“O Vitória continuará a dar passos largos para a modernização das infraestruturas para não atrasar o futuro. Criar condições para potenciar o talento e a excelência e melhorar as condições de trabalho de todos os atletas são desígnios de que nunca abdicaremos. A política de rigor e transparência implementada no início do mandato [em 2022] continua a ser um dos pilares desta direção”, afirma.
O conselho fiscal emitiu um parecer favorável por unanimidade ao orçamento, com o alerta de que o documento não faz qualquer menção à futura academia para o futebol.
A assembleia geral ordinária de 28 de junho, que contempla ainda a votação de uma lista para o Conselho Vitoriano e a cooptação de Rui Rodrigues como vice-presidente da direção, está agendada para as 20:15, no Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranense.
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