Gustavo Veloso, Esp (W52-FC Porto): Inscrito de 'emergência', após a lesão de Raúl Alarcón afastar o campeão de 2017 e 2018 da prova, os 'dragões' chamaram o 'veterano', que também venceu duas edições, em 2014 e 2015, para ser uma das armas na prova.
Embora já não seja o ciclista dominador de outros anos, aos 39 anos o espanhol tem a experiência necessária, e o conhecimento dos pontos fulcrais da prova, para liderar o esforço 'azul e branco' na tentativa de prolongar um domínio vitorioso que se arrasta desde 2013.
Jóni Brandão, Por (Efapel): Depois de dois anos no Sporting-Tavira e de ficar em segundo lugar na Volta a Portugal em 2018, Jóni volta a ser o grande candidato português à conquista da prova, agora de regresso à Efapel, que já tinha representado por quatro temporadas.
Aos 29 anos, venceu uma etapa no GP Beiras, que acabou no terceiro lugar, e foi quinto classificado na prova de fundo dos Nacionais, somando várias vitórias também no Grande Prémio Jornal de Notícias, num ano que terá nova 'prova de fogo' atrás da conquista da maior ambição, e os olhos postos em si como a 'esperança' para quebrar o domínio da W52-FC Porto.
Alejandro Marque, Esp (Sporting-Tavira, Por): Excelente contrarrelogista - foi terceiro nos Campeonatos de Espanha em 2012 -, o espanhol transformou-se num ciclista completo e venceu a Volta a Portugal de 2013, triunfo que lhe abriu as portas da Movistar.
Contudo, o sonho do WorldTour virou pesadelo e um controlo antidoping, do qual foi absolvido, deixou-o sem competir um ano, regressando em 2015 para ser terceiro na Volta.
Aos 37 anos, vai 'lutar' pelo lugar de líder com Nocentini, Tiago Machado e José Mendes, no terceiro ano no Sporting-Tavira e após um desapontante 13.º posto em 2018, ano em que venceu a segunda parte da Volta à China, tendo conseguido, à porta da Volta, um oitavo lugar no Troféu Joaquim Agostinho.
Sérgio Paulinho, Por (Efapel, Por): Um dos mais experientes ciclistas do pelotão nacional perdeu este ano o estatuto de chefe de fila da Efapel, para o regressado Joni Brandão.
Nono na Volta de 2017 e medalha de prata nos Jogos de Atenas2004, o terceiro mais velho em prova (39 anos) não deixa de ser importante para o conjunto de Lousa, depois de muitos anos a 'escudar' Alberto Contador e a vencer etapas em grandes Voltas, no Tour (2010) e Vuelta (2006).
Henrique Casimiro, Por (Efapel, Por): O 'veterano' de afirmação tardia teve de esperar até aos 32 anos, em 2018, para a primeira vitória profissional, no Alto de Montejunto no Troféu Joaquim Agostinho. Este ano, fez ainda melhor e venceu a prova, num ano em que se 'mostrou' também no Grande Prémio das Beiras.
Oitavo na Volta em 2017 e sétimo em 2016, Casimiro deverá ser um dos grandes nomes da Efapel para tentar resgatar uma primeira vitória desde 2012, ao lado do líder Joni Brandão e de outro 'veterano', Sérgio Paulinho.
Vicente García de Mateos, Esp (Aviludo-Louletano, Por): Seis etapas conquistadas nos últimos quatro anos e dois terceiros lugares consecutivos na geral final fazem de De Mateos um dos grandes candidatos à vitória final da prova.
Depois de dar nas vistas em 2014 ao ser expulso da prova, ao trocar golpes com Enrico Rossi, o espanhol encontrou-se com o ciclismo e redimiu-se, tendo vindo a deixar as raízes do 'sprint' para se assumir como um candidato às gerais finais, chegando à 81.ª edição com toda a equipa algarvia a protegê-lo.
Domingos Gonçalves, Por (Caja Rural, Esp): Em ano de regresso à Caja Rural, o antigo campeão português de fundo quererá pelo menos igualar a prestação em 2018, quando venceu uma etapa e acabou em nono da geral final, após um ano discreto nos espanhóis e o 'azar' na Volta a Catalunha, que abandonou logo à primeira etapa, afetando a temporada do ciclista de Barcelos.
Rinaldo Nocentini, Ita (Sporting-Tavira, Por): O mais velho entre os corredores das equipas portugueses, a pouco menos de dois meses de fazer 42 anos, continua sempre a surgir como um dos candidatos ao triunfo final, com um currículo que fala de si, depois de andar de amarelo no 'Tour' e ser segundo do Paris-Nice em 2008.
Ao lado do antigo vencedor Alejandro Marque, de José Mendes e de Tiago Machado, Nocentini é outra das armas de Vidal Fitas para atacar a geral, ainda que tenha tido um ano discreto em 2019.
Edgar Pinto, Por (W52-FC Porto, Por): Quarto classificado da Volta em 2018, Edgar Pinto teve este ano, em que se mudou para os 'dragões', uma temporada de vários destaques, o maior de todos o quinto lugar final na Volta a Turquia, uma prova de escalão WorldTour.
O quarto lugar na Volta às Astúrias e o quinto na Volta a Aragão atestam a boa forma do corredor, cuja experiência na Volta pode servir para colmatar a ausência de Alarcón.
Ricardo Mestre, Por (W52-FC Porto, Por): Vencedor da prova em 2011, Mestre é outro dos corredores que poderá beneficiar da incerteza quanto às condições físicas de Alarcón no seio dos 'azuis e brancos', num ano em que foi vice-campeão nacional de fundo e tem sido peça importante para Nuno Ribeiro.
Tiago Machado, Por (Sporting-Tavira, Por): Regressado a Portugal após quase uma década a correr na Europa no escalão WorldTour, Tiago Machado é um nome a ter em conta em qualquer prova, tendo como objetivo vencer a Volta que escapa aos 'leões' desde o regresso à modalidade, podendo beneficiar de uma estratégia aberta de Vidal Fitas no seio dos 'verdes e brancos', após um ano de regresso irregular.
José Mendes, Por (Sporting-Tavira, Por): O vimaranense é outro dos regressos a Portugal para o pelotão de 2019, sagrando-se campeão nacional de fundo pela segunda vez em junho, chegando com a moral elevada à maior prova velocipédica portuguesa. Depois de um 22.º lugar na 'Vuelta' de 2013, Mendes é outro dos nomes a dar garantias ao Sporting.
João Rodrigues, Por (W52-FC Porto, Por): A jovem revelação dos 'dragões' pode ser o 'joker' do diretor desportivo Nuno Ribeiro face à ausência de Raúl Alarcón. Aos 24 anos, começou por dar nas vistas na Volta ao Algarve, que terminou em nono lugar de uma geral final preenchida por nomes do pelotão mundial, antes de vencer a Volta ao Alentejo em março.
Brice Feillu, Fra (Arkéa Samsic, Fra): O veterano francês é uma das figuras das equipas estrangeiras que vão correr a Volta, sobretudo por ter sido sexto classificado em 2012. Sete anos depois, o ciclista de 34 anos, vencedor de uma etapa da Volta a França em 2009, lidera um bloco da Arkéa que pode intrometer-se na luta pela geral
Óscar Sevilla, Esp (Medellín, Col): O mais velho corredor em prova é também o mais reputado, uma vez que Sevilla foi já vice-campeão da Volta a Espanha, ainda que esse resultado tenha surgido há 18 anos, numa carreira profissional que arrancou em 1998. Esta época, já conseguiu quatro pódios em provas de dimensão similar à Volta a Portugal e quererá acrescentar novo 'brilho' ao palmarés.
Comentários