O dirigente espanhol sublinhou o valor da proposta conjunta apresentada, defendendo que “são dois países com estruturas de futebol muito boas, com grande tradição e grandes estrelas do futebol e merecem. Seria muito bom para o futebol espanhol e português que o conseguissem”, assinalou, no âmbito da cimeira tecnológica Web Summit, a decorrer em Lisboa.
“É a melhor candidatura que há, não a conheço em profundidade, mas, se é a melhor candidatura, então creio que irá ganhar. Não sei se o poderei dizer com tanta segurança quanto Aleksander Ceferin, mas penso que vencerá”, previu Javier Tebas.
Relativamente ao Mundial2022, que se inicia no decorrer do presente mês, Javier Tebas manifestou o seu desacordo pela forma como todo o processo decorreu.
“Vamos lembrar que decidiram que o Mundial fosse a meio de uma temporada, três anos depois de o terem escolhido deram-se conta de que havia calor no Qatar! Isso revela aqueles dirigentes e como estava a ser dirigido o futebol mundial”, criticou.
Quanto à Liga dos Campeões, competição na qual Portugal esteve perto de qualificar três clubes para os oitavos de final, contra apenas o Real Madrid por Espanha, Javier Tebas não vê motivos para alarme e defendeu os clubes que compõem a liga profissional a que preside.
“Não posso responder a qualquer análise, porque poderia errar. Não há espaço temporal para retirar conclusões. No ano passado, a Liga espanhola teve o vencedor e dois semifinalistas na ‘Champions’, há cinco meses e 20 dias ganhou a Bola de Ouro e o Golden Boy há umas semanas… não se pode dizer há cinco meses que somos os melhores na Europa e agora que somos uma catástrofe”, analisou.
O advogado de 60 anos considera necessário “haver um espaço temporal” e “pôr referências”, reiterando o poderio do futebol espanhol e recorrendo a números: “Nas últimas 10 temporadas, a Liga espanhola e as suas equipas ocuparam 60% dos títulos europeus”.
“São dez anos e 60% dos títulos! Digo que é um pouco exagerado, mas a verdade é que a Liga espanhola tem mais de trinta títulos entre Liga dos Campeões e Liga Europa e a ‘Premier League’ segue-se com 13. França tem zero, por exemplo”, conclui Javier Tebas, no final da sua participação na cimeira Web Summit.
A sétima edição da Web Summit arrancou em Lisboa na terça-feira e termina na sexta-feira, contando com mais de 70.000 participantes, 2.630 ‘startups’ e empresas, 1.120 investidores e 1.040 oradores.
A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações em Lisboa em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028.
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