A inusitada duração do jogo entre os dois 'gigantes' - ambos com mais de dois metros - afetou a outra meia-final, entre o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic, que começou cerca de duas horas meia depois da hora inicialmente marcada. Para entreter o atraso, 'Djoko' brincava com berlindes no vestiário.
Devido ao adiantado da hora, a segunda-final foi interrompida às 23:00, numa altura em que Djokovic liderava o encontro por 2-1, com parciais de 6-4, 3-6 e 7-6 (11-9), estavam já decorridos duas horas e 58 minutos de jogo.
Uma sucessão de 'ases' e serviços ganhadores, com o marcador sempre equilibrado, 'empurrou' o jogo da tarde para o quinto 'set', em que não há lugar a 'tie-break' e que ficou em 26-24 para o vencedor final. Antes, os parciais tinham sido de 7-6 (8/6), 6-7 (5-7), 6-7 (9/11) e 6-4.
Um quadro que não era de afastar, atendendo às semelhanças de estilo de jogo e também de 'ranking'. Anderson é o oitavo e Isner o 10.º.
Anderson, 32 anos, finalista derrotado no Open dos Estados Unidos, ainda é um jogador relativamente pouco mediático, mas o mesmo não sucede com Isner, que detém o recorde de jogo mais longo, de parceria com o francês Nicolas Mahut.
Esse recorde, com 11:05 de duração, dificilmente será batido, mas a 'maratona' de hoje passa a ser a segunda mais longa de sempre. E é também a mais longa no 'court' central e a mais longa de uma meia-final.
E Isner, ainda que por muito pouco, apossa-se de um recorde individual, o de 'ases' no mesmo torneio. Passam a ser 213, contra os 212 de um dos grandes 'gigantes' do passado, o croata Goran Ivanisevic, em 2001.
O norte-americano faz do serviço a sua 'arma letal' e sai de Londres com uma série de 110 serviços ganhadores, até finalmente ser travado por Anderson, que já tinha quebrado o serviço ao suíço Roger Federer (num embate que durou mais de quatro horas).
Os números globais são 'vertiginosos', com 102 ases (Anderson 49, Isner 53) e 247 serviços ganhadores (118 para o sul-africano, 129 para o norte-americano).
No final, Anderson fez a festa que escapava à África do Sul há quase 100 anos: o seu último finalista foi em 1921, Brian Norton.
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