Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) há cerca de um mês, a Luz Saúde, dona do Hospital da Luz, convocou os acionistas para “deliberar sobre a perda da qualidade de sociedade aberta (…) e consequente atribuição de poderes a qualquer dos membros do Conselho de Administração da sociedade para praticar qualquer dos atos necessários ou convenientes à plena execução dessa deliberação”.
Na proposta de deliberação, a Fidelidade, maior acionista da Luz Saúde, refere a “concentração do capital social” nos acionistas Fosun, com 98,788% do capital e direitos de voto, pelo que considera “não se justificar a manutenção do estatuto de sociedade aberta da Luz Saúde, tendo nomeadamente presente os custos e formalidades inerentes a tal estatuto”.
Assim, propõe “proceder-se à deliberação da perda da qualidade de sociedade aberta da sociedade, com a consequente imediata exclusão da negociação em mercado regulamentado das ações da Luz Saúde”.
A Fidelidade lembra que, no caso de a perda da qualidade de sociedade aberta, na assembleia-geral deve ser indicado um acionista que se obrigue a adquirir, no prazo de três meses, as ações das pessoas que não tenham votado favoravelmente a saída de bolsa.
“A Fidelidade considera que a contrapartida de 5,71 euros por ação da Luz Saúde constitui uma contrapartida adequada, incluindo um prémio de 2,77 euros relativamente à cotação média ponderada”, lê-se na proposta.
A deliberação fica, porém, sujeita à condição de, “em momento algum do processo de perda da qualidade de sociedade aberta, não vir a ser fixada uma contrapartida mínima (…) superior a 5,75 euros por ação da Luz Saúde, salvo no caso de a Fidelidade vir a aceitar pagar uma eventual contrapartida mais alta que venha a ser fixada no âmbito de tal processo”.
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