Depois de o plano, que previa a extinção de 2.437 empregos entre os 12 mil trabalhadores e reduções nos salários de 28% para os pilotos e 32% para as hospedeiras e comissários de bordo, ter sido chumbado na segunda-feira pelos trabalhadores, a administração da transportadora aérea anunciou que vai avançar com os "procedimentos previstos pela lei".
No comunicado hoje divulgado, a equipa de gestão da Alitalia "lamenta" a rejeição do plano de redução de custos, que pretendia dar a possibilidade de a empresa manter os seus investimentos e operações, e revela que o pedido de insolvência - que implica a nomeação de uma administração judicial - vai ser discutido numa reunião marcada para quinta-feira.
A Alitalia tem vindo a apresentar prejuízos há vários anos e já executou diversas reestruturações, mas tem sido incapaz de competir com o novo fenómeno das companhias aéreas 'low cost' (baixo custo) na Europa.
Apesar da entrada da companhia Etihad (dos Emirados Árabes Unidos) no seu capital com uma participação de 49% e dos fundos injetados, a companhia italiana ainda não conseguiu recuperar a saúde financeira.
Caso o pedido de insolvência se confirme, tal implicará muito provavelmente o fecho das rotas que dão prejuízos (a maioria ao nível doméstico) e a venda de aeronaves para ajudar a pagar aos credores.
A 17 de março, os sindicatos revelaram que o plano de relançamento da companhia aérea italiana Alitalia previa a extinção de 2.437 empregos entre os 12 mil trabalhadores, tendo sido convocada uma greve para 05 de abril, que afetou 60% dos voos.
A Alitalia adotou em meados de março um novo plano estratégico que prevê uma redução de custos de mil milhões de euros e um aumento de 30% do volume de negócios até 2019, através de ofertas mais competitivas nos voos de curto e médio curso.
Logo na altura, a Alitalia realçou que o "financiamento do plano pelos acionistas da companhia estava sujeito à aceitação pelos sindicatos de um novo acordo coletivo de trabalho e medidas relativas ao pessoal".
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