Falando na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade de francesa de Estrasburgo, sobre a política monetária do BCE, a responsável notou que este organismo “está a avaliar o potencial e as implicações dos desenvolvimentos tecnológicos para serviços de pagamento e estabilidade financeira e está a dar uma contribuição importante a essas inovações”.
Assim, “criámos um grupo de trabalho europeu em janeiro para avaliar as potencialidades e os riscos associados a diferentes modelos de moedas digitais geridas por bancos centrais e para testar como podem funcionar”, anunciou Christine Lagarde, confirmando informações avançadas pela imprensa.
“Em particular, queremos perceber se uma criptomoeda de um banco central pode cumprir os objetivos para o público, bem como corresponder às exigências do BCE”, referiu a responsável.
Christine Lagarde precisou que o BCE, “juntamente com outros cinco bancos centrais [nacionais] e com o Banco de Pagamentos Internacionais, vai trocar experiências nesta área e avaliar o uso destas criptomoedas além-fronteiras”.
Em causa está a emissão de uma moeda digital para garantir que o público em geral tem acesso ao dinheiro do banco central, mesmo que a circulação de moeda física caia.
Há um mês, a agência espanhola noticiosa Efe avançou que o BCE tinha criado uma equipa especial para explorar a possibilidade de criar uma moeda digital em euros, compartilhando o seu trabalho com as pesquisas e estudos já realizados por alguns bancos centrais do Eurosistema.
Antes, em dezembro, Christine Lagarde já tinha salientado ser sua convicção pessoal que o BCE esteja “na vanguarda”, defendendo na ocasião que este organismo europeu estudasse sistemas de pagamentos mais rápidos e mais baratos.
Presente na discussão de hoje, o vice-presidente da Comissão Europeia com a pasta económica, Valdis Dombrovskis, congratulou-se com este anúncio de Christine Lagarde, congratulando-se que “o BCE esteja a analisar a importância das moedas digitais para criar formas de pagamento mais baratas”.
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