O gigante da aeronáutica Boeing rescindiu o acordo ‘Master Transaction Agreement -MTA’ com a brasileira Embraer, que tinha como objetivo estabelecer “um novo patamar de parceria estratégica”, refere a Boeing em comunicado, realçando que em causa estavam a criação de duas ‘joint-ventures’ (empresas conjuntas), uma para o negócio da aviação comercial da Embraer e outra para o desenvolvimento de novos mercados o C-390 Millenium.
O acordo para a compra por parte da Boeing do negócio da aviação comercial da Embraer estava avaliado em 5,2 mil milhões de dólares.
No comunicado, a Boeing refere ainda que “exerceu seus direitos” de rescindir o contrato porque a Embraer “não cumpriu as condições necessárias” dentro de prazo que terminou na sexta-feira, apesar de parceria ter recebido a “aprovação incondicional” de todos os órgãos reguladores envolvidos, à exceção da Comissão Europeia.
O presidente da Embraer Partnership & Group Operations da Boeing, Marc Allen, disse no comunicado que a rescisão é “muito dececionante” e que explicou que tinham chegado a um ponto em que “continuar a negociar ao nível do acordo não iria resolver as questões pendentes”.
No comunicado, a Boeing esclarece que “trabalhou diligentemente” nos últimos dois anos para concluir o acordo com a Embraer.
“Há vários meses que temos mantido negociações produtivas sobre as condições do contrato, mas que não foram atendidas e por último, as negociações não foram bem-sucedidas”, lê-se no comunicado.
A Boeing e a Embraer vão, no entanto, manter o contrato vigente relativo à comercialização e manutenção conjunta da aeronave militar C-390 Millenium assinado em 2012 e ampliado em 2016.
Comentários