Numa entrevista à Efe, o diretor-geral da confederação europeia da indústria de bicicletas, Manuel Marsilio, explica que "a venda de bicicletas já estava a crescer antes da pandemia", especialmente impulsionada pelas bicicletas elétricas, mas desde então o interesse por este meio de transporte aumentou ainda mais.
Entre os casos mais recentes de investimentos institucionais em empresas do setor estão a entrada no setor do gigante americano de participações privadas KKR através da compra do Grupo Accell holandês por 1.560 milhões de euros, ou a aquisição da Cannondale pelo fundo holandês PON Holdings por 810 milhões de euros.
Do mesmo modo, o Canyon alemão tem a participação do fundo belga Groupe Bruxelles Lambert (GBL), que redireciona a linha do fabricante, concentrando-se na indústria de bicicletas elétricas e respetivas componentes.
Para a Marsilio, o interesse crescente dos investidores é motivado por vários fatores, incluindo "o crescimento do mercado em várias áreas como a mobilidade urbana, ou a utilização de bicicletas como veículo desportivo, turístico e logístico".
"A atenção política suscitada pelas bicicletas e tudo o que envolve a sua utilização e produção também tem encorajado os investidores", diz Marsilio, que refere "o impacto económico dos fundos de recuperação destinados a promover a digitalização e os investimentos verdes, que são característicos do setor das bicicletas".
A alavanca final para atrair investidores institucionais é, na sua opinião, "a confiança gerada pelos investimentos anteriores", uma vez que cada nova operação neste sentido "alimenta" a participação de novos atores.
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