A posição de João Pedro Oliveira e Costa foi transmitida durante a apresentação de resultados do BPI até setembro, em Lisboa.
“Iremos dar resposta com grande sentido de responsabilidade”, garantiu, sublinhando que a instituição compreende que se está “a viver um momento delicado”, pelo que irá “colaborar” e “cumprir a lei”.
Em causa está a medida aprovada pelo Governo que define que a renegociação dos créditos à habitação pode ser feita quando a taxa de esforço atinja os 36% ou quando se verifique um agravamento de cinco pontos percentuais.
Quando questionado sobre o impacto da medida para o BPI, João Pedro Oliveira e Costa considerou que “obviamente que terá um impacto significativo”.
“Irá exigir do lado do banco um esforço adicional significativo, como penso que irá exigir a todo o setor. Haverá uma componente muito significativa da carteira de crédito habitação que vai ser abrangida pelo decreto-lei”, afirmou.
Para João Pedro Oliveira e Costa, será “suficientemente significativa” para o banco “dar prioridade a esta situação”.
Escusando-se a entrar em números detalhados, antecipou que os créditos mais recentes — “dos últimos seis, sete anos, os que têm prazos mais longos” — serão os mais afetados.
No entanto, realçou que o impacto dependerá também da evolução do rendimento dos clientes, pelo que defendeu que “todas as medidas que o Governo venha a implementar relativamente ao tema do emprego” serão importantes.
Sublinhando que o banco “está a fazer o trabalho de casa”, vincou que a instituição irá “ter abertura” para “todas as soluções”.
“Diria que temos de ser suficientemente criativos para conseguir encontrar as soluções mais adequadas a cada cliente”, disse.
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