O Canadá está a considerar todos os cenários, em particular a possibilidade de responder com um aumento de tarifas, explicou uma fonte governamental à AFP sob anonimato, acrescentando que o trabalho de identificação desses produtos já começou.

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, deu a entender que não tem dúvidas sobre a intenção de Trump de cumprir a imposição de tarifas de 25% sobre os produtos do Canadá quando assumir o cargo.

"Quando Donald Trump faz essas declarações, ele tem a intenção de executá-las", disse Trudeau. "Não há dúvidas", acrescentou, enquanto alguns consideram que a declaração de Trump é, sobretudo, uma tática de negociação.

O anúncio representa mais um golpe para Trudeau, que é candidato à reeleição nos próximos meses. O atual primeiro-ministro está muito atrás nas intenções de voto, que neste momento são lideradas pelo seu opositor conservador, Pierre Poilievre.

Durante o primeiro mandato de Donald Trump, entre 2017 e 2021, os EUA aplicaram tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio, o que levou o Canadá a responder com taxas aduaneiras em retaliação.

Naquela época, o Canadá olhou a produtos específicos, como o sumo de laranja da Flórida e o bourbon do Kentucky, dois estados governados por republicanos.