Mário Centeno falava durante a conferência de apresentação do “Boletim Económico” de julho, divulgado hoje, no Museu do Dinheiro, em Lisboa, quando foi questionado sobre o tema.
O responsável do supervisor português reafirmou a posição de que há “margem para subir” pelos bancos as taxas de juro dos depósitos, mas considerou que a decisão não pode ser forçada.
“Não podemos nem devemos empurrar a banca para soluções que no passado só existiram pelos problemas que a banca enfrentava”, disse.
Para Mário Centeno é claro que a remuneração dos depósitos deveria “continuar a aumentar”, mas alertou para que não se pode ter “quimeras nessa matéria”, porque se quer “acima de tudo uma banca sustentável que possa estar ao serviço do país.
A baixa remuneração da poupança depositada na banca tem sido um tema recorrente nos últimos meses, dado que, apesar das subidas das taxas de juro pelo BCE, os principais bancos têm mantido baixo o juro dos depósitos.
Ainda assim, alguns dos principais bancos aumentaram já ligeiramente as taxas.
O governador do BdP considerou ainda que os bancos aderirem ou não à comercialização dos Certificados de Aforro (CA) não é um motivo de preocupação, uma vez que não tem havido entraves com os atuais canais de venda.
“Durante os primeiros quatro meses deste ano foram vendidos 8,5 mil milhões de euros de Certificados de Aforro. Creio que nenhum português teve dificuldade em comprar”, acrescentou.
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