“Estamos em contacto normal com o Governo português para que este e a nova administração da CGD digam como o caso vai seguir”, disse Vestager, em conferência de imprensa.
“Esperamos que, depois da injeção de capital, o banco possa seguir em frente”, acrescentou a comissária.
Já na segunda-feira, o ministro das Finanças, Mário Centeno, tinha referido não haver qualquer razão para se questionar o acordo com a Comissão Europeia sobre a recapitalização da CGD, até porque o novo presidente executivo, Paulo Macedo, “cumpre os requisitos”.
Mário Centeno garantiu que o processo de recapitalização deverá prosseguir como previsto.
Paulo Macedo, antigo ministro da Saúde do governo PSD/CDS de Pedro Passos Coelho, sucede a António Domingues, que no passado dia 27 de novembro apresentou a demissão ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Caixa, num modelo em que havia um único presidente.
Esta renúncia surgiu após cinco semanas de polémica em torno da recusa de António Domingues relativamente à entrega da declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional à qual se juntou em seguida uma nova dúvida relacionada com a eventualidade de Domingues estar na posse de informação privilegiada sobre a Caixa quando participou, como convidado, em três reuniões com a Comissão Europeia para debater a recapitalização do banco, enquanto ainda era quadro do BPI.
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