O sindicalista Vítor Silva, em declarações à agência Lusa, na sequência de um encontro realizado hoje, na ilha do Pico, com três representantes da indústria conserveira, referiu que, numa primeira fase, foi proposta que fosse aplicada a medida de ‘lay-off” (suspensão dos contratos ou redução do período normal de trabalho) aos cerca de 180 trabalhadores, mas esta foi recusada.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores (SABCES/Açores) adiantou que, em alternativa, foi avançada a realização de um contrato-promessa que salvaguardasse a admissão dos trabalhadores, que também não foi acolhida.
Para Vítor Silva, esta atitude revela que existem “fortes suspeitas” de que a Cofaco não pretende, contrariamente ao avançado, construir uma nova unidade fabril no Pico.
A conserveira, dona de marcas como a Bom Petisco, anunciou no início de janeiro o despedimento da totalidade dos trabalhadores na fábrica do Pico, prometendo a readmissão no futuro da maioria dos quadros.
Foi através do Sindicato de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores que se soube, em 09 de janeiro, que a administração da conserveira se havia reunido com os trabalhadores da empresa no Pico para os informar de que todos seriam despedidos – com direito a indemnização e fundo de desemprego –, deixando a Cofaco de laborar naquela ilha até à construção de uma nova fábrica.
Logo em 09 de janeiro ficou junto dos trabalhadores uma “promessa verbal” de que quando a nova fábrica estiver concluída, o que poderá acontecer “entre 18 meses e dois anos”, a maioria dos quadros seria readmitida.
A Lusa tentou contactar a administração da Cofaco, mas sem sucesso.
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