“Esta garantia e os empréstimos adicionais concedidos pela França, no valor de sete mil milhões de euros, vão dar à Air France a liquidez necessária para resistir urgentemente aos efeitos da pandemia”, refere a comissária europeia da Concorrência, Margareth Vestager, em comunicado.
A Comissão Europeia que regula a concorrência na União Europeia relaxou em março as regras sobre as ajudas dos Estados às companhias afetadas pelas consequências da pandemia de covid-19.
Para a Air France, a ajuda francesa vai desdobra-se em quatro mil milhões de euros de empréstimos bancários (garantidos em 90% pelo Estado) e três mil milhões de empréstimo direto, tendo como contrapartida o compromisso na melhoria da rentabilidade na redução das emissões de monóxido de carbono (CO2).
“A França tinha demonstrado que outras possibilidade na obtenção de liquidez nos mercados já tinham sido exploradas e esgotadas”, explica a Comissão Europeia considerando que a ausência de apoio público poderia expor a Air France ao risco de falência, devido à queda das atividades operacionais.
“A situação poderia provavelmente prejudicar de forma grave a economia francesa”, acrescenta o comunicado.
A Air France reduziu de forma drástica as atividades na sequência das restrições impostas em todo o mundo sobre viagens como medida de contenção da propagação do novo coronavírus.
Os Estados francês e holandês detêm cada um 14% do grupo Air France que integra a transportadora KLM.
O governo da Holanda prevê ajudar a KLM com um empréstimo entre dois a quatro mil milhões de euros.
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