A plataforma de venda de marcas de luxo fundada em 2008 por José Neves, com sede fiscal em Londres e que foi o primeiro 'unicórnio' português (startup avaliada em mais de mil milhões de euros), tem vindo a apresentar prejuízos e a sofrer grandes perdas em bolsa recentemente, após dois anos de lucro em 2021 e 2022, beneficiando do boom do comércio online.
A aquisição por parte da Coupang, segundo o comunicado da empresa, representa uma oportunidade "excelente de operações e inovação logística", que combinado com o papel de liderança da Farfetch no ecossistema do luxo, irão "proporcionar experiências excepcionais aos clientes, boutiques e marcas em todo o mundo".
"A Coupang está também numa posição única para desbloquear o enorme valor da Farfetch para o vasto segmento de bens de luxo pessoais na Coreia do Sul, que tem a despesa per capita mais elevada do mundo em bens de luxo pessoais", afirmou a empresa no comunicado.
Esta compra acontece depois da procura por novo capital, duas semanas após ter sido reportado que José Neves também estaria em conversações para tornar a empresa privada, depois dos problemas enquanto empresa pública, sendo que em 2020 a Farfecht foi das empresas que mais faturou em termos de vendas online.
Apoiada nos últimos tempos pelo grupo de bens de luxo Richemont, no fecho da noite passada, tinha um valor de mercado de apenas 254,2 milhões de dólares. A Richemont já tinha dito que não iria investir mais dinheiro na Farfetch, que no mês passado atrasou o anúncio dos seus resultados trimestrais.
*Com Lusa.
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