A dependência das importações registada em 2022, explica o serviço estatístico da UE, resultou da conjugação da evolução das importações líquidas (9,5%), – com as importações a aumentarem 4,9% e as exportações a diminuírem 1,7% – e da energia bruta disponível a aumentar 2,8%.
A dependência do petróleo bruto importado, um produto primário essencial para a indústria petroquímica e para a produção de combustíveis para transportes, também aumentou em 2022, atingindo 97,6%, tendo a maior procura de combustíveis no setor dos transportes contribuído para uma subida da utilização de petróleo bruto.
O consumo de gasolina para motores aumentou 6,3% e o consumo de querosene de aviação aumentou 32,5% em 2022, em comparação com 2021.
O aumento da dependência foi também impulsionado pela reposição de ‘stocks’ de petróleo bruto e consumidor utilizado em 2021.
O Eurostat constata ainda que, com a criação do plano REPowerEU, as importações a partir da Rússia caíram, em 2022, em 24,57 milhões de toneladas (Mt), tendo aumentado-as a partir da Arábia Saudita, Estados Unidos e Noruega.
Por outro lado, em 2022, a produção de petróleo na UE manteve a tendência em queda, apesar do pico nos preços causado pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, atingindo um mínimo de 16,3 milhões de toneladas, um recuo de 7,4% face ao ano anterior.
Considerando os três maiores produtores de petróleo na UE, a Itália teve um recuo de 8% para as 4,5 milhões de toneladas, a Dinamarca de 2% para as 3,2 Mt e a Roménia de 6% para três Mt.
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