“Olhamos para estes números e para esta taxa de desemprego, ontem [quinta-feira] divulgada pelo INE [Instituto Nacional de Estatística] de 6,4%, com muita confiança, sem qualquer triunfalismo. São números muito positivos”, referiu.
À margem da 1.ª Feira de Emprego e Mostra Formativa de Coimbra, que decorre no Convento S. Francisco, o governante evidenciou que os números do desemprego, referentes a maio, fazem deste mês um dos melhores “de uma série longuíssima de anos”.
“Estamos com um universo de desempregados que é particularmente reduzido e eu costumo dizer que esse é um bom problema. Como secretário de Estado do Trabalho, prefiro ter esse problema do que o inverso, que é o problema de um alto nível de desemprego”, sustentou.
No seu entender, estes números desafiam os empregadores, que “têm de competir pelo talento, pelo fator das pessoas”.
“Isso traz consigo algumas dinâmicas positivas, sendo uma delas o aumento dos salários dos trabalhadores portugueses. Até agora nós vimos um aumento significativo este ano, em cerca de 8% no trabalho que é declarado à Segurança Social, o que nos deixa particularmente satisfeitos”, referiu.
Em declarações à agência Lusa defendeu ainda que, ao melhorarem-se os salários e as condições de trabalho dos portugueses, contribui-se para uma economia mais robusta e competitiva.
“Não é uma primeiro que a outra: é nós fazermos tudo isto em simultâneo. Hoje, se alguma coisa caracteriza as sociedades contemporâneas e as empresas que atuam no mercado, é a disputa pelo talento”, concretizou.
A taxa de desemprego fixou-se em 6,4% em maio, um aumento homólogo de 0,4 pontos percentuais, mas uma diminuição de 0,1 pontos face ao valor registado no mês anterior, segundo dados do INE.
Segundo a autoridade estatística, a população desempregada (338.600) diminuiu em relação ao mês anterior (1,7%) e a três meses antes (6,4%), tendo aumentado relativamente ao mês homólogo (8,5%).
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