“É um problema importante para Portugal, […] é preciso reconhecê-lo, lidar com a questão, em vez de politizar o debate. Façam-no, construam-no e elas [as companhias aéreas] virão”, afirmou Tim Clark, em entrevista à Lusa, ao Expresso e ao Eco, à margem do Festival Mundial de Aviação, em Lisboa.
Questionado sobre as diferentes opções que estão a ser analisadas, o presidente da companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos realçou que “é para Lisboa que a comunidade internacional da aviação quer voar”, uma vez que é onde está o seu mercado.
“Se tiverem uma procura sem restrições e um aeroporto que consiga lidar com tudo isso […] seriam o dobro do que são hoje”, apontou Tim Clark.
As limitações do Aeroporto Humberto Delgado, onde a Emirates tem “dois preciosos ‘slots'” são, segundo o responsável, um problema para todas as companhias aéreas.
“Se vão construir outro aeroporto, construam-no. Construam-no grande o suficiente”, sublinhou o presidente da companhia aérea, acrescentando que se trata de uma “oportunidade fantástica” de fazer um aeroporto tecnologicamente avançado e eficiente em termos de pegada carbónica.
Já quanto ao Porto, a Emirates pretende regressar ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde já esteve, assim que tiver toda a frota em operação.
Em 27 de abril, a comissão técnica que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo (Portela + Montijo; Montijo + Portela; Alcochete; Portela + Santarém; Santarém) mais Portela+Alcochete, Portela+Pegões, Rio Frio+Poceirão e Pegões.
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