“Estamos extremamente desapontados com o facto de o SNPVAC [Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil] estar a planear novas ações de greve, apesar da nossa vontade de prosseguir um diálogo construtivo com o objetivo de chegar a um acordo sustentável”, começa por referir a companhia aérea, em comunicado, onde acrescenta que, apesar dos seus esforços, as exigências do sindicato “continuam a ser impraticáveis, com aumentos propostos que não demonstram qualquer sentido de realidade”.
Segundo a empresa, a mais recente proposta do sindicato foi um aumento de 44% na remuneração global.
A proposta da easyJet foi hoje ‘chumbada’ por 90% dos tripulantes de cabine do SNPVAC, que marcou cinco dias de greve entre 21 e 25 de julho, a terceira paralisação no espaço de poucos meses.
A companhia aérea insiste que “emprega toda a sua tripulação ao abrigo de contratos acordados com os sindicatos locais, que estão em conformidade com a legislação local relevante” e que o salário dos tripulantes das bases portuguesas “é competitivo e significativamente superior ao salário médio nacional”.
Nas últimas semanas, empresa e sindicato reuniram-se várias vezes e, segundo a easyJet foi possível “resolver parte dos pontos em aberto”.
“O nosso objetivo continua a ser o de encontrar um acordo positivo, garantindo também a manutenção dos postos de trabalho e da nossa posição no mercado português”, realçou a companhia aérea, que hoje anunciou a abertura de cinco novas rotas no país para o inverno.
Para atenuar o impacto da greve nos clientes, a easyJet vai possibilitar a alteração antecipada do horário dos voos.
“Todos os clientes afetados por cancelamentos são elegíveis para um reembolso ou para uma transferência gratuita para um novo voo”, garantiu a transportadora, aconselhando também a verificação do estado dos voos nos dias de greve, na página da internet.
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