Em comunicado, a Embraer justificou o resultado informando que historicamente realiza menos entregas no primeiro trimestre do ano e alegou que as suas operações neste período em 2020 “foram também impactadas negativamente pela conclusão do processo de separação da unidade da Aviação Comercial da Embraer, em janeiro”.
A fabricante brasileira informou que até 31 de março de 2020 a sua carteira de pedidos firmes totalizava 15,9 mil milhões de dólares (14,6 mil milhões de euros).
A operação da Embraer deverá ser duramente impactada pelo cancelamento, em abril, de um acordo sobre a criação de uma joint venture que incluía a venda de sua divisão de aviões comerciais para a fabricante norte-americana Boeing.
Também foi cancelado um acordo entre a Embraer e a Boeing sobre a promoção e comercialização do avião militar C-390 Millenium.
A Embraer estima que a desistência da Boeing na parceria gerou gastos de 485 milhões de reais (77,5 milhões de euros) e já anunciou que iniciou os procedimentos arbitrais acerca da rescisão do acordo para sanar este prejuízo.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.
A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.
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