Diretores executivos de cinco grandes marcas de consumo, que pediram o anonimato, disseram à agência noticiosa Associated Press (AP) que, depois de rejeitarem a proposta de exclusividade do Alibada, as vendas nas lojas ‘online’ Tmall
caíram de forma notória.
Esta situação resulta, segundo a AP, do rápido crescimento de outra plataforma de venda ‘online’, a JD.com.
A American Apparel & Footwear Association, um grupo industrial com sede em Washington, disse à AP que os seus membros protestaram contra táticas injustas do Alibaba.
“Pedimos às autoridades que investiguem rapidamente e que tomem medidas para garantir que tais práticas sejam eliminadas do mercado chinês”, disse Stephen Lamar, vice-presidente executivo da associação, à qual pertence a JD.com, que é também patrocinador.
No mês passado, o diretor financeiro da JD.com, Sidney Huang, tinha afirmado que a empresa ainda está a tentar reconquistar mais de 100 marcas chinesas que abandonaram a plataforma sob pressão do Alibaba.
“Nós apoiamos a concorrência justa e aberta, porque uma maior escolha é sempre melhor para marcas e para os utilizadores”, disse a JD.com, em comunicado.
Em comunicado, o Alibaba reconheceu que oferece benefícios às empresas que assinam contratos de exclusividade, em conformidade com a lei chinesa, mas acrescentou que as empresas são livres de escolherem qualquer plataforma de comércio eletrónico.
“Como muitas plataformas de comércio eletrónico, temos parcerias exclusivas com alguns dos comerciantes da Tmall”, indicou o Alibaba, sublinhando que “o comerciante decide escolher o acordo por causa dos serviços atraentes e do valor que a Tmall lhe pode trazer”.
De acordo com a lei antimonopólio chinesa, as empresas com posição dominante no mercado não podem exigir exclusividade sem apresentar uma justificação plausível.
O Alibaba é duas vezes mais lucrativo que a concorrente norte-americana Amazon e todos os anos serve mais pessoas do que as que vivem em toda a América do Norte.
De acordo com a AP, o Alibaba faz mais de 550 mil milhões de dólares (cerca de 448 mil milhões de euros) por ano em vendas, mais do que em todas as transações ‘online’ nos Estados Unidos.
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