
O aumento, anunciado na véspera pelo Ministério das Finanças chinês, é a resposta de Pequim à taxa adicional de 50% anunciada na terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevou para 104% o total de taxas cobradas sobre produtos chineses que entram no mercado norte-americano.
Na sequência do anúncio de Pequim, Trump voltou a aumentar as taxas sobre a China para 125%, com efeito imediato, ao mesmo tempo que declarou uma trégua de 90 dias na aplicação da maioria das taxas sobre os restantes países do mundo, anunciada a 02 de abril.
Até à data, a China ainda não anunciou a sua reação a este novo aumento.
A par do aumento para 84% das taxas sobre produtos norte-americanos, a China acrescentou na quarta-feira 12 novas empresas norte-americanas à lista de controlo das exportações, incluindo fabricantes de equipamentos e empresas de engenharia, algumas das quais relacionadas com veículos aéreos não tripulados (BRINC), aeronáutica (Novotech), maquinaria (Marvin Engineering Company) e radares (Echodyne).
Além disso, acrescentou seis outras empresas à lista de entidades não fiáveis, incluindo fornecedores de equipamento militar como a Cyberlux e a Sierra Nevada.
Estas restrições têm por objetivo impedir o comércio de artigos civis e militares de “dupla utilização”, sublinhou em comunicado o Ministério do Comércio.
Pequim garantiu que vai “lutar até ao fim” e que tem “uma vontade firme” e “recursos abundantes” para responder “com determinação” se os Estados Unidos insistirem em “intensificar ainda mais as suas medidas económicas e comerciais restritivas”.
Ao anunciar a última resposta, o Ministério das Finanças afirmou que as taxas de Trump “infringem seriamente os direitos e interesses legítimos da China” e “minam seriamente o sistema comercial multilateral baseado em regras”.
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