Estes números representam uma revisão em baixa do crescimento das exportações (de 9,9% para 9,7%) e em alta das importações (de 6,6% para 7%), face à estimativa rápida que tinha sido divulgada pelo INE na semana passada.
Segundo o gabinete de estatísticas, esta evolução resultou num “aumento do défice em 30 milhões de euros, sendo este o primeiro agravamento desde o 1.º trimestre de 2023”.
“Estas variações refletem o peso das transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda, que representaram 6,9% do total das exportações e 3,1% das importações no 3.º trimestre”, indica o INE, sendo que se forem excluídas as transações com esta natureza, as exportações aumentaram 5,4% e as importações cresceram 4,8%, resultando num aumento do défice em 234 milhões de euros.
Neste destaque são também disponibilizados os números mensais relativos a setembro, mês em que as exportações aumentaram 5,1% e as importações 3,3%.
Nas exportações do nono mês do ano, destaca-se o aumento de 20,1% de material de transporte, principalmente automóveis de passageiros, salienta o INE.
Já nas importações, também sobressai a subida de 28% do material de transporte, mas neste caso destacam-se as aeronaves, bem como o aumento dos fornecimentos industriais (+10,7%), sobretudo químicos, e o decréscimo de combustíveis e lubrificantes (-38,4%).
Quanto aos principais países parceiros, “salienta-se, nas exportações, o acréscimo das transações de bens com destino a Espanha (+10,8%) e à Alemanha (+16,4%), principalmente de material de transporte”.
Registou-se também uma queda nas exportações para os Estados Unidos (-43,7%), particularmente de medicamentos.
Nas importações, aumentaram as transações de bens com os Países Baixos (+45,4%), nomeadamente produtos químicos, e com França (+19,2%), maioritariamente material de transporte, enquanto as importações com origem no Brasil diminuíram 47,7%, em particular o petróleo.
Segundo o INE, o défice da balança comercial “atingiu 2.371 milhões de euros em setembro de 2024, refletindo uma diminuição de 33 milhões, em termos homólogos”. Já excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice aumentou 433 milhões, para 2.054 milhões de euros.
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