Em comunicado, a companhia de seguros anunciou a redução de prémios de seguro automóvel no valor de mais de 20 milhões de euros, quer a clientes particulares quer a pequenas empresas, contribuindo para “a atenuação dos impactos económicos negativos sentidos por muitas famílias”.
A seguradora explicou que “à normal bonificação por ausência de sinistralidade prevista nos contratos de seguro, poderá agora acrescer um nível adicional de bonificação, com um impacto médio de redução 7,5% no prémio do seguro”.
Os clientes sem acidentes que tenham já atingido o nível máximo de bonificação, beneficiam também de um nível adicional de bónus com um desconto de 55% no prémio do seguro, pode ler-se ainda no comunicado.
A companhia de seguros revelou ainda que durante o período do estado de emergência devido à pandemia de covid-19 apurou uma redução de cerca de 65% do número de acidentes na sua carteira de seguro automóvel.
“O método de bonificação escolhido pela Fidelidade permite assegurar um benefício duradouro aos clientes e não apenas circunscrito à anuidade em curso”, sublinhou.
A seguradora realçou que esta medida é uma forma de “sinalizar o efeito positivo da redução temporária dos acidentes na estrada” e também de “estimular uma maior prudência na condução automóvel no período de retoma que agora se vai iniciar”.
“Embora não exista, ainda, uma perceção clara sobre os efeitos e duração desta quebra temporária de sinistralidade, a experiência de outros mercados mostra que, após o regresso à atividade normal, se verifica um aumento sensível da sinistralidade automóvel decorrente, nomeadamente, da muito menor utilização de transportes públicos e do aumento do custo médio de reparação dos veículos”, alertou.
Para a Fidelidade, é “recomendável, e até exigível, sob o ponto de vista das regras prudenciais, que decisões definitivas em matéria do preço de seguro automóvel tenham em conta um período de análise mais dilatado”.
Segundo a seguradora esta medida acresce a outras, como “as medidas de apoio à liquidez de oficinas de reparação automóvel”, e têm por pressuposto a manutenção do atual quadro normativo.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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