No “World Economic Outlook” (WEO), publicado no âmbito das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, a instituição liderada por Kristalina Georgieva aponta para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% este ano e de 2,1% em 2025.
Esta previsão traduz, face ao relatório divulgado em outubro do ano passado, uma revisão em alta de 0,2 pontos percentuais (p.p.) para 2024 e um corte de 0,1 p.p. para 2025.
O FMI está assim mais otimista do que o Governo português, que no Programa de Estabilidade (PE) 2024-2028 prevê, num cenário de políticas invariantes, um crescimento de 1,5% este ano e de 1,9% em 2025.
Na atualização das previsões do Conselho das Finanças Públicas (CFP), conhecidas este mês, a entidade liderada por Nazaré da Costa Cabral manteve o crescimento da economia portuguesa este ano em 1,6% e prevê uma expansão de 1,9% em 2025.
Já o Banco de Portugal (BdP) vê o Produto Interno Bruto (PIB) a aumentar 2%, enquanto a Comissão Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apontam para uma taxa de 1,2%.
O FMI prevê ainda uma taxa de inflação de 2,2% este ano e de 2% em 2025, uma revisão em baixa face aos 3,4% em 2024 e 2,4% projetados no relatório de outubro.
A instituição de Bretton Woods aponta para uma taxa de desemprego de 6,5% este ano e de 6,3% em 2025.
O FMI está ligeiramente menos otimista sobre o crescimento económico da zona euro e prevê agora um aumento do PIB de 0,8% este ano e de 1,5% em 2025, de acordo com as projeções hoje divulgadas.
Por outro lado, melhorou em 0,1 p.p. a previsão do crescimento global deste ano para 3,2% em 2024.
Fundo corta previsão de crescimento da zona euro para 0,8% este ano
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está ligeiramente menos otimista sobre o crescimento económico da zona euro e prevê agora um aumento do PIB de 0,8% este ano e de 1,5% em 2025, de acordo com as projeções hoje divulgadas.
No “World Economic Outlook (WEO), publicado no âmbito das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, a instituição liderada por Kristalina Georgieva cortou as projeções para os países da moeda única em 0,1 ponto percentual (pp.) para 2024 e em 0,2 pp. para 2025 face ao relatório de janeiro.
Ainda assim, a taxa de crescimento de 0,8% este ano significa uma recuperação face aos 0,4% em 2023 (em grande parte resultado do impacto da guerra na Ucrânia).
“Um consumo mais forte das famílias, como efeitos do choque nos preços da energia diminuir e uma queda na inflação apoiar o crescimento do rendimento real, deverá impulsionar a recuperação”, prevê a instituição.
Contudo, o ritmo de recuperação é revisto em baixa em 0,3 pp, para a Alemanha, tanto para 2024 como para 2025, num contexto de sentimento persistentemente fraco dos consumidores.
Deste modo, o FMI prevê uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) alemão de 0,2% este ano e de 1,3% em 2025.
Também para a economia francesa a revisão foi em baixa de 0,3 pp. em ambos os anos, apontando agora para um crescimento de 0,7% em 2024 e 1,4% em 2025.
Este ajustamento é largamente compensado por melhorias em várias economias mais pequenas, incluindo Portugal, para a qual projeta uma taxa de 1,7% este ano (revisão em alta de 0,2 pp.) e de 2,1% em 2025 (inalterado).
Os técnicos do FMI preveem ainda em Espanha um crescimento de 1,9% este ano (+ 0,4 pp. face a janeiro) e de 2,1% em 2025 e em Itália de 0,7% em ambos os anos (inalterado face a janeiro para 2024 e corte de 0,4 pp. em 2025).
A instituição com sede em Washington melhorou hoje em uma décima a previsão do crescimento global para 3,2% este ano, taxa que também espera para o próximo ano.
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