“Em relação ao trimestre anterior e ao trimestre homólogo, no 4.º trimestre de 2021, o PMVP da gasolina 95 foi superior em 2,9 c/l (+1,7%) e em 31,3 c/l (+22,6%), o do gasóleo rodoviário em 6,8 c/l (+4,7%) e em 29,9 c/l (+24,5%), e o do GPL Auto em 9,5 c/l (+13,1%) e em 15,3 c/l (+23,0%)”, indicou a associação, num relatório publicado no seu ‘site’.
De acordo com a Apetro, a subida no preço da gasolina 95, no quarto trimestre de 2021, face aos três meses anteriores, “foi sobretudo devido à subida da cotação em 4,8 c/l e do sobrecusto da incorporação de biocombustível em 1,7 c/l”, sendo que se verificou “uma descida dos custos de Armazenagem, Distribuição e Comercialização (ADC) em 2,4 c/l”.
A associação indicou ainda que “no gasóleo rodoviário a subida do PMVP também foi sobretudo devido à subida das cotações em 7,7 c/l e do sobrecusto da incorporação de biocombustível em 0,9 c/l”, salientando que também no gasóleo se verificou “uma diminuição nos custos de Armazenagem, Distribuição e Comercialização (ADC) em 2,2 c/l”.
Por outro lado, “no caso do GPL Auto a subida do PMVP foi devido ao aumento da cotação em 6,9 c/l e dos custos de Armazenagem, Distribuição e Comercialização (ADC) em 0,8 c/l”.
De acordo com a associação, a nível da carga fiscal, “o Imposto Sobre Produtos Petrolífero (ISP) manteve-se no GPL Auto e diminuiu em média 1,7 c/l na gasolina 95 e 0,8 c/l no gasóleo rodoviário durante o 4.º trimestre de 2021, consequência de uma medida de redução de ISP, respetivamente de 2 e 1 c/l, que entrou em vigor a partir de 15 de outubro, de modo a minimizar o impacto resultante do aumento das cotações internacionais e do preço de venda ao público”.
No entanto, destacou a Apetro, “o IVA subiu em consequência da subida”.
Assim, referiu a associação, “apesar da redução no ISP, o elemento com maior peso no preço final de venda ao público da gasolina 95 e do gasóleo rodoviário permanece a carga fiscal: no 4.º trimestre de 2021 esta representou, em média, 57% na gasolina 95 e 51,9% no gasóleo rodoviário. No caso do GPL Auto a carga fiscal foi de 39,0% do PMVP”.
A Apetro destacou ainda que “os PMVP praticados em Portugal, comparativamente com Espanha, são superiores para a gasolina 95 (+21,15 c/l) e para o gasóleo rodoviário (+16,12 c/l) — resultado de uma carga fiscal díspar entre estes dois países da Península Ibérica” e inferiores “para o GPL Auto (-1,52 c/l)”.
Paralelamente, disse a associação, comparando com a média da zona euro, “os PMVP são superiores para os três produtos: gasolina 95 (+3,44 c/l), gasóleo rodoviário (+0,61 c/l) e GPL Auto (+0,20 c/l), refletindo o facto de a carga fiscal em Portugal ser superior à média dos países da zona euro”.
A Apetro revelou ainda que o mercado total dos combustíveis rodoviários líquidos subiu 10,7% em relação ao trimestre homólogo e diminuiu 2,7% em relação ao trimestre anterior.
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