Em entrevista ao semanário “Le Journal du Dimanche”, Philippe reconheceu que, no próximo ano, haverá uma “recuperação do défice” e uma desaceleração do crescimento económico, mas defendeu que isso não impedirá que França atinja o compromisso de 2,3% para 2019.
O primeiro-ministro reiterou ainda o objetivo anunciado pelo presidente Emmanuel Macron, de eliminar 50 mil empregos na função pública até 2022.
“Em 2019, prevemos cerca de 4.500 reduções postos de trabalho. Temos previstas reorganizações no Ministério das Finanças, no setor audiovisual público e na rede externa do Estado”, disse Philippe, acrescentando que outros departamentos aumentarão o pessoal, como as forças de segurança, com duas mil contratações, ou a justiça, com 1.300.
Uma das medidas mais controversas delineadas pelo chefe do executivo é o anúncio de que as pensões, os apoios às famílias ou à habitação aumentarão em 0,3% em 2019 e 2020, abaixo da inflação.
Por seu lado, o primeiro-ministro adiantou que os apoios aos mais desfavorecidos, como o chamado bónus de atividade, as pensões mínimas ou as ajudas para os deficientes, crescerão “muito significativamente”.
Philippe também revelou uma nova medida para incentivar o emprego: os trabalhadores deixarão de pagar contribuições pelas horas extraordinárias a partir de setembro do próximo ano.
Na próxima sessão legislativa, o governo francês vai avançar com a revisão do subsídio de desemprego e com a reforma das pensões com o objetivo de acabar com os regimes especiais vigentes atualmente no país.
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