Paolo Gentioni, primeiro-ministro italiano, realçou em conferência de imprensa que o objetivo do empréstimo de 600 milhões de euros concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Económico italiano – com o acordo da União Europeia – destina-se a “responder às exigências de continuidade e manutenção” da companhia aérea de bandeira do país.
“A nacionalização da Alitalia está excluída desde o primeiro momento e também a rejeitamos agora”, vincou.
Por seu turno, o ministro do Desenvolvimento Económico italiano, Carlo Calenda, que nomeou os administradores de insolvência, referiu que o montante de 600 milhões de euros “é o máximo que é possível desembolsar hoje em dia” e que a Alitalia, depois do trabalho de recuperação de seis meses que vai ser agora iniciado, deve “abrir-se a novos compradores”.
O Conselho de Administração da Alitalia aprovou hoje por unanimidade pedir ao Governo para nomear um ou vários administradores de insolvência para tomarem conta da companhia aérea, depois de os trabalhadores terem recusado um plano de recuperação.
O anúncio foi feito pela própria companhia aérea italiana num comunicado, no qual explica que a decisão é fruto da "grave situação económica, patrimonial e financeira da Alitalia".
Com esta decisão começou o processo que deu origem à nomeação pelo Governo italiano de três administradores (o máximo previsto por lei) para se encarregarem da gestão da transportadora.
Esta vai ser a segunda vez desde 2008 que a Alitalia vai estar em mãos de administradores de insolvência.
O objetivo dos administradores nomeados pelo Governo será elaborar e apresentar nos próximos 180 dias um plano de negócios viável que permita à Alitalia ser salva da bancarrota e que seja atrativo para captar a atenção de potenciais compradores.
Atualmente, o problema principal da Alitalia é a falta de liquidez.
A estrutura acionista da Alitalia é atualmente composta pela companhia Ethiad, dos Emiratos Árabes Unidos (49%), e por uma sociedade que detém os outros 51% do capital da transportadora que é dominada pelos bancos Intesa Sanpaolo (32,01%) e Unicredit (32,67%).
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