Intervindo na abertura do IX Simpósio sobre a Margem Ibérica Atlântica, em representação da ministra do Mar, José Apolinário lembrou que a economia do mar, em 2013, representava 3,1% do VAB, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.
"O aumento do VAB para 5% significa ter um aumento de mais de sete mil milhões de euros de contributo da economia azul para a economia do país", disse o governante.
Segundo o secretário de Estado das Pescas, no âmbito do plano de competitividade portuária, a estratégia do Governo passa por um investimento de 2,5 mil milhões de euros nos portos até 2026, que visa aumentar em 200% o movimento de contentores e 80% na carga total.
Ao nível das energias renováveis oceânicas, José Apolinário prevê um crescimento de 240 milhões de euros no VAB.
"Neste momento, existe um projeto concreto em desenvolvimento que irá avançar no próximo ano ao largo de Viana do Castelo, que é já um projeto de transferência de conhecimento para uma componente industrial muito significativa", adiantou.
No setor da aquacultura, o objetivo do Governo é atingir 20 mil toneladas de produção em 2020, "quer em águas de transição, quer também com o contributo offshore, em que destaco um projeto inovador de salmão em profundidade, ao largo de Aveiro, que está em consulta pública".
O secretário de Estado das Pescas destacou ainda que dos 508 milhões de euros disponíveis no Programa Operacional do Mar 2020 estão já comprometidos 60%, dos quais 11%, o equivalente a 24 milhões de euros de apoio público, foram dirigidos para a inovação e transferência de conhecimento.
"Esta componente da inovação e de transferência do conhecimento é muito importante porque nós, na área do mar, temos defendido que um ponto central do crescimento da economia azul é o conhecimento, que é estratégico para o seu crescimento", disse.
O IX Simpósio sobre a Margem Ibérica Atlântica decorre até quinta-feira em Coimbra, organizado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e o MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, com a participação de 150 investigadores.
O encontro aborda temas como as alterações climáticas, variações do nível do mar e impactos nas zonas costeiras, risco sísmico e vulcanismo.
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