"Nunca, jamais", respondeu Joaquim Barroca à deputada do BE Mariana Mortágua sobre se tinha discutido com José Sócrates a expansão do grupo Lena.
O também arguido na Operação Marquês falava na sua audição na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que decorreu hoje na Assembleia da República, em Lisboa.
A deputada do BE também perguntou a Joaquim Barroca se conhecia Armando Vara, ex-administrador da CGD condenado por tráfico de influências, tendo o ex-administrador do grupo Lena respondido que não.
"Não conheço Armando Vara. Estive uma vez com ele", precisou Joaquim Barroca, acrescentando que o encontrou "num almoço ou jantar" não convocado por si, e que foi a "única" vez que o encontrou.
Questionado sobre se alguma vez fez alguma transferência para Armando Vara, o ex-administrador do grupo Lena indicou que devido ao processo Marquês se reservava ao direito de não responder à pergunta.
Apesar de ter dito anteriormente ao deputado do PCP Duarte Alves que não falava sobre Vale do Lobo, quando questionado por Mariana Mortágua sobre se conhecia o ex-presidente do empreendimento Diogo Gaspar Ferreira, Joaquim Barroca respondeu de forma idêntica.
"Falei com ele uma ou duas vezes, mas em contexto de comprar lotes [no empreendimento] não", esclareceu Joaquim Barroca, acrescentando que "nunca teria dinheiro para comprar nada em Vale do Lobo".
Joaquim Barroca disse ainda que Hélder Bataglia não é uma pessoa da sua confiança e que teve contas na Suíça até 2012.
Entre os 28 arguidos da operação Marquês estão Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo.
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