Segundo o Banco de Portugal (BdP), “em maio, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou de 1,03% para 1,26%, o valor mais elevado em oito anos”.
Contudo, ainda segundo o regulador e supervisor bancário, este é o quarto valor mais baixo entre os países da área do euro.
Em maio, a taxa de juro média dos novos depósitos na zona euro foi de 2,44%, aparecendo Lituânia, Itália e França com valores mais altos (3,25%, 3,12% e 3,09%, respetivamente). Com remunerações mais baixas do que Portugal estavam apenas Chipre (0,94%), Eslovénia (1,09%) e Croácia (1,25%).
Ainda assim, Portugal sobe uma posição já que em abril ocupava o antepenúltimo lugar.
Por prazos, os novos depósitos a prazo até um ano foram remunerados, em média, a 1,18% (0,95% em abril). Estes depósitos representam 76% dos novos depósitos a prazo.
Já a remuneração média dos novos depósitos com prazos de um a dois anos foi de 1,47% (1,29% em abril) e a dos novos depósitos acima de dois anos de 1,61% (1,12% em abril).
Em maio, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares ascendeu a 7.490 milhões de euros, mais 1.276 milhões do que em abril.
Esta evolução contrasta com a de abril quando tinha havido queda do valor dos novos depósitos, saindo nomeadamente para certificados de aforro (em início do junho o Governo lançou uma nova série de certificados de aforro com remuneração mais baixa).
O fim dos CA da ‘série E’ (cuja taxa de juro base tinha um máximo de 3,5%) motivou críticas por parte dos partidos da oposição, nomeadamente o BE e o PCP, que acusam o Governo de ceder ou fazer um favor aos bancos. Uma acusação rejeitada pelo Governo.
Relativamente aos novos depósitos a prazo de empresas, segundo o banco central, liderado por Mário Centeno, estes tiveram em maio uma remuneração média de 2,37%, apenas mais 0,03 pontos percentuais, uma evolução menos expressiva do que em meses anteriores.
As novas operações de depósitos das empresas totalizaram 5.732 milhões de euros, menos 163 milhões de euros do que em abril.
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