Em comunicado, o banco disse que em 2019 foi obtido “o melhor resultado nos onze anos de atividade” e justificou com o “crescimento do volume de negócios na ordem dos 654 milhões de euros e dos níveis de fidelização dos clientes, que, conjuntamente, contribuíram para a consolidação da rentabilidade ‘core’, o que merece particular destaque num contexto adverso de taxas de juro negativas e de forte concorrência”.
O banco liderado por Teixeira dos Santos destacou ainda que, nos últimos três anos, o volume de negócios cresceu 2.000 milhões de euros, num crescimento médio anual de 6,1%, que o produto bancário acumulado foi de 578 milhões de euros e o resultado líquido acumulado de 128 milhões de euros.
O banco disse ainda que reforçou os indicadores de solidez, tendo no final de 2019 um rácio de capital Core Tier 1 de 13%, um rácio de cobertura de liquidez de 168% e um rácio de crédito malparado de 6,6%.
O Eurobic está desde fevereiro em processo de venda ao grupo espanhol Abanca, depois de o escândalo ‘Luanda Leaks’ ter levado Isabel dos Santos (a sua principal acionista, com 42,5% do capital) a abandonar a estrutura acionista.
O EuroBic nasceu em 2008 de capitais angolanos e em 2014 ficou com a atividade bancária do BPN por 40 milhões de euros, o banco nacionalizado em 2008 que, segundo o Tribunal de Contas, custou ao Estado português 5.000 milhões de euros entre 2011 e 2018.
É liderado por Fernando Teixeira dos Santos, que era ministro das Finanças do governo PS de José Sócrates quando foi decidida a nacionalização do BPN.
Quanto ao grupo bancário espanhol Abanca, que em fevereiro acordou a compra de 95% do capital do Eurobic, tem em Portugal 70 agências, 500 colaboradores e mais de 80.000 clientes, segundo fonte oficial.
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