De acordo com a informação hoje divulgada, o volume de negócios da Mota-Engil subiu 8% para um valor recorde de 2.818 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou para 409 milhões de euros, com uma margem de 15%.
A empresa teve no ano passado uma carteira de encomendas recorde de 5.465 milhões de euros, tendo no final de 2018 um valor equivalente a mais de dois anos de atividade, especialmente em África, onde conta com 50% do valor.
Ao nível do desempenho financeiro, o Grupo Mota-Engil registou um investimento de 287 milhões de euros no total do ano, a maior parte (186 milhões de euros) em África, relacionado com contratos de médio e longo prazo no segmento de Mining.
Ainda assim, conseguiu reduzir a dívida líquida face a junho em 49 milhões de euros, atingindo os 953 milhões de euros.
Por regiões, na Europa o volume de negócios atingiu os 856 milhões de euros, um crescimento de 3% da atividade, registando-se uma diminuição da margem de EBITDA.
Com uma carteira de encomendas de cerca de 1.200 milhões de euros na Europa, a Mota-Engil “tem uma perspetiva de evolução positiva do mercado de infraestruturas para os próximos anos em Portugal”, refere a empresa num comunicado enviado à agência Lusa que acompanha o relatório dos resultados de 2018.
Em África, a Mota-Engil cresceu 5% para um volume de negócios de 908 milhões de euros, com “acentuada aceleração” no 2.º semestre do ano.
Relativamente ao EBITDA em África, foi de 194 milhões de euros (margem de 22%).
O Grupo Mota-Engil destaca a carteira de encomendas nesta região, que representa quase 2.750 milhões de euros, cerca de 50% do total, “o que permite antever uma evolução futura positiva nesta região, que tem Angola e Moçambique como mercados chave, a par de um conjunto de outros mais recentes e cada vez mais relevantes no contributo para o Grupo”, refere a empresa.
Na América Latina, o Grupo atingiu, pela primeira vez na sua história, um valor de faturação superior a 1.000 milhões de euros (um crescimento de 13%), tendo no segundo semestre uma atividade média mensal próxima dos 100 milhões de euros mensais.
Esta região tornou-se, pelo segundo ano, o maior contribuinte para o volume de negócios do Grupo.
Concretizando a tendência de crescimento “muito significativa” na região, o Grupo atingiu um EBITDA de 140 milhões de euros, o que representa uma margem de 13%, “influenciada positivamente por um desempenho positivo dos negócios de Engenharia e Construção, como também do negócio de Energia”, acrescenta a Mota-Engil.
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