Numa nota divulgada no “site” da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa saudou a conclusão das negociações, hoje, em Montevidéu, Uruguai, afirmando esperar que “possa ser rapidamente confirmado pelo Parlamento Europeu e pelos Estados Membros, no seio do Conselho de Ministros da União Europeia”.

“O Acordo entre a União Europeia e o Mercosul representa um ganho muito substancial para os dois lados do Atlântico, beneficiando todos: Estados, empresas e cidadãos. Será agora muito importante pô-lo em prática”, declarou.

O Presidente da República considerou que o acordo representa um “importante passo” no fortalecimento das relações económicas e políticas entre a Europa e a América Latina, num “contexto geopolítico marcado por tensões comerciais e tentações de protecionismo”.

Para Portugal, representa ainda “um reforço dos laços históricos e culturais com estes países e povos, já de si tão próximos”.

“Ao integrar cláusulas sociais e de sustentabilidade, representa também um compromisso com o Acordo de Paris e contribui para os objetivos do Pacto Ecológico Europeu”, disse.

O “acordo histórico” representa “uma oportunidade única para as empresas e a economia de ambos os lados do Atlântico, que terão acesso a um mercado de mais de 700 milhões de pessoas em condições mais favoráveis, seja para exportação, seja para investimento”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje que a União Europeia (UE) e os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) chegaram a acordo político para aquele que será o maior acordo comercial do mundo.

Falando à imprensa a partir de Montevidéu, no Uruguai, onde se deslocou para uma reunião de líderes da UE e do Mercosul a propósito das negociações sobre esta parceria de comércio e investimento que servirá um mercado de 700 milhões de consumidores, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen vincou que “este acordo não é apenas uma oportunidade económica, é uma necessidade política”.

A UE e Mercosul têm mantido contacto regular, o que permitiu hoje concluir as negociações políticas nomeadamente em questões como os compromissos ambientais, após um primeiro aval em 2019, que não teve seguimento.