“O esforço que nós fizemos durante o ano de 2022 vai-nos permitir fazer com que Portugal deixe de ter esta posição de terceiro destacado no pódio dos países mais endividados e que Portugal integre um pelotão onde estão, por esta ordem, Espanha, França e Bélgica”, declarou, na quarta-feira à noite, Fernando Medina.
O responsável falava num jantar, no Funchal, integrado no evento “500 maiores empresas da Madeira”, organizado pelo Diário de Notícias da Madeira.
“Nós teremos este ano a maior redução do peso da dívida pública no produto desde que há qualquer tipo de registo”, disse Fernando Medina, reforçando: “Ouviremos sempre os críticos desvalorizarem, dizerem que foi a economia, que foi a inflação. É verdade, tudo isso ajuda. Mas a verdade também é esta: se tivéssemos decidido gastar o dinheirinho todo, a dívida tinha-se mantido como está.”
O governante socialista considerou que a redução da dívida pública é um dos aspetos que beneficia o país face à atual conjuntura internacional, destacando também a localização geográfica como fator de atratividade e desenvolvimento, bem como a taxa de emprego elevada e a estabilidade política e social.
“Portugal detinha, à entrada do ano de 2022, uma dívida pública de 125% do produto”, lembrou Medina, adiantando que apenas a Grécia e a Itália apresentavam dívidas superiores.
“A questão fundamental é que nós deixaremos de ter numa posição isolada, nós passaremos a estar perfeitamente integrados dentro do que são médias de países com economias de dimensão muito superior à portuguesa”, reforçou.
O ministro das Finanças referiu, por outro lado, que as prioridades do Governo socialista para 2023 assentam no apoio ao rendimento das famílias e proteção do emprego, no aumento do investimento e nas finanças públicas equilibradas.
“O nosso objetivo para o ano de 2023 é termos um saldo primário de 1,6% do produto, isto é, Portugal passa a ter um superavit nas suas contas orçamentais, se excluirmos a dimensão dos juros que temos para pagar”, disse, explicando que isso vai permitir uma redução da dívida pública para 110% do produto.
“O nosso objetivo é chegar a 2026 com uma dívida abaixo de 100% do produto”, afirmou.
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