"São números muito positivos, mostram que ainda há muito trabalho para fazer, mas é um número que mostra que o mercado de trabalho continua a evoluir positivamente e que é o registo mais baixo desde 2002", assinalou o governante, que falava à margem da ‘cimeira’ Skills Summit'18 Porto.
Enfatizando que o registo apresentado pelo INE "significa que o crescimento que se verifica é criador de emprego", citou também a capacidade demonstrada de "conseguir absorver e integrar as pessoas que estavam no desemprego".
"Em 2017, tivemos uma novidade muito interessante que foi, além da baixa do desemprego, o aumento da população ativa, isto é, o emprego cresceu mais do que aumentou o desemprego", lembrou Manuel Caldeira Cabral, para quem o "número recorde de baixa do desemprego desde 2002" mostra "a dinâmica que a economia está a ter" com os "valores mais baixos no desemprego antes da crise em 2007 e 2008".
Otimista, o ministro recorreu aos mais recentes "indicadores da atividade económica e de confiança dos consumidores" para afirmar que "são os mais altos desde o início do século e estão a gerar um crescimento económico inclusivo, que permite que se vá buscar mais pessoas ao desemprego".
"Os indicadores do segundo trimestre parecem apontar para que o desemprego continue a baixar não só neste trimestre, mas também ao longo do verão, com os dados que temos sobre o Turismo a serem também muito positivos, pelo que penso que há espaço para o desemprego continuar a baixar", observou.
A taxa de desemprego desceu para 7,2% em abril, atingindo o valor mais baixo desde novembro de 2002, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A taxa de desemprego de abril de 2018 situou-se em 7,2%, menos 0,3 pontos percentuais do que no mês anterior, menos 0,7 pontos percentuais em relação a três meses antes e menos 2,3 pontos percentuais face ao mesmo mês de 2017", refere o INE.
O valor hoje divulgado “representa uma revisão em baixa, de 0,2 pontos percentuais, face à estimativa provisória divulgada há um mês e ter-se-á de recuar até novembro de 2002 para encontrar uma taxa inferior a esta", acrescenta.
Também hoje o INE divulgou que a estimativa provisória da taxa de desemprego em maio é de 7,3%, tendo aumentado 0,1 pontos percentuais face a abril.
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