No mais recente relatório de acompanhamento ao mercado portuário, datado de agosto de 2017, a AMT dá conta de que os resultados atingidos neste mês levaram a que, nos primeiros oito meses do ano, os portos comerciais do continente tenham movimentado mais de 65,7 milhões de toneladas.
Segundo aquela entidade, em causa está um acréscimo de 7,1% no volume registado no mesmo período do ano passado, “o que constitui também a melhor marca de sempre nos períodos homólogos”.
“Independentemente da expressão da variação homóloga ou da dimensão que lhe estão subjacentes, a realização de melhor marca de sempre foi conseguida pelos portos de Leixões, Aveiro e Sines”, justifica a AMT, apontando que, por seu lado, foi o porto de Lisboa que “mais contribuiu para a prossecução deste nível de desempenho”, ao registar um aumento de 27,8% nos volumes movimentados, correspondente a mais 1,8 milhões de euros face a 2016.
No caso dos portos de Aveiro e de Leixões, tiveram um acréscimo de 22% (mais 636,8 mil toneladas) e de 8,4% (mais um milhão de toneladas), respetivamente.
Relativamente ao porto de Sines, o aumento foi de 4,3%, o equivalente a mais 1,4 milhões de toneladas.
A estes acresce o porto da Figueira da Foz, que também registou variações positivas, ao ter um incremento de 3,9%, correspondente a mais 53,7 mil toneladas.
Pela negativa destacaram-se, entre janeiro e agosto deste ano, os portos de Viana do Castelo, Setúbal e Faro, que registaram, respetivamente, movimentos de carga com volume inferior ao do período homólogo de 2016, assistindo a um decréscimo de 2,4%, 8,5% e de 64,9%.
Ao todo, totalizaram uma quebra de menos 535,2 mil toneladas.
A AMT nota que estas variações têm diferentes justificações, começando por indicar que, em 2016, o porto de Lisboa ficou “muito marcado pela significativa quebra do volume de tráfego, […] nomeadamente por efeito das greves dos trabalhadores portuários”, que contrastou com o verificado este ano.
Também no ano passado, o porto de Sines teve um “acréscimo extraordinário de tráfego”, que se deveu à operação de transbordo de petróleo bruto com destino a Leixões, assinala a autoridade nacional.
Além disso, continua, o porto de Faro está “muito condicionado pela atividade da CIMPOR em Loulé, que foi suspensa em junho de 2016, e cuja retoma não se verifica ainda com regularidade”.
Quanto às quotas de volume de carga movimentada, o porto de Sines continua com uma posição maioritária de 52,9% (apesar de ter perdido 1,4 pontos percentuais face à que detinha no período homólogo de 2016), seguindo-se Leixões com 19,7%, Lisboa com 12,4% (mais 2 pontos percentuais relativamente a 2016) e Setúbal, com um volume de tráfego correspondente a 7% do total (menos 1,4 pontos percentuais).
Já no que toca ao movimento de contentores entre janeiro e agosto deste ano, “reflete fundamentalmente o processo de recuperação de tráfego no porto de Lisboa e a manutenção de um forte crescimento em Sines, impulsionado pelas operações de ‘transhipment’ [transbordo] neste período”, observa a AMT, falando num volume de 2,1 milhões de TEU, mais 18,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
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