O evento organizado pela Associação Portuguesa de Franchising já vai na 29.ª edição e, este ano, contou com cinco dezenas de marcas repartidas por 10 setores de atividade que estão no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, a apresentar as suas propostas de negócio nas áreas da alimentação, agências de viagens, estética, imobiliária, serviços, fitness, retalho moda, obras, oficinas, consultoria e educação. Há desde o imprescindível café, com novas propostas como a da marca The Coffee, a autênticas estrelas do rock 'n roll, com a School of Rock.
Os principais atores do setor e também aqueles que estão interessados em sê-lo têm nestes dois dias da ExpoFranchise um ponto de encontro para avaliar oportunidades e partilhar experiências. O franchising é o modelo de negócio adotado por grandes marcas, da Coca-Cola à Ikea ou McDonald's, mas também por novas ideias que procuram expandir as suas redes.
O evento conta com várias sessões pensadas para dar resposta a várias dúvidas que surgem com franquias.
A primeira mesa redonda de sexta-feira foi desenhada para dar resposta a quem não sabe por onde começar e também para partilhar os principais dilemas pelos quais se pode passar.
“Temos que alertar quem está interessado que iniciar um negócio tem sempre riscos”, afirma o orador Francisco Vasconcelos, responsável pela expansão da Century 21 em Portugal.
De acordo com os empresários e especialistas, há dois grandes alertas a serem feitos: o investimento monetário e o investimento pessoal.
Além do investimento inicial, há que planear uma série de investimentos subzequentes. “É por não estarem preparados para isso que alguns negócios morrem na praia”, explica António Correia, responsável pela expansão da Chaviarte. “Não teremos um horário das 9 às 5 e é preciso estar preparado para isso”, acrescenta. “Um empreendedor trabalha 24 horas. Tentamos trabalhar 8 horas, mas estamos em casa a pensar nisso”, remata Luís Rosa, representante da DS Auto.
É também por isso que fazer parte de uma rede de franchise traz um suporte adicional. “Dentro de uma franquia as pessoas têm um grande suporte. E dois terços têm sucesso”, considera Francisco Vasconcelos.
As estatísticas vêm comprovar. Segundo Cristina Matos, diretora-geral da Associação Portuguesa de Franchising (AFP), em entrevista ao SAPO24, “80% das (empresas) que estão sozinhas, morreram. No franchising, só 12%”.
Francisco Vasconcelos faz ainda uma metáfora: “Imagine uma linha de comboio. Os carris estão feitos, é só seguir em frente. No meio, está o seu estilo de condução”.
“Cada pessoa pode desenvolver estratégias diferenciadas, mas nós damos o conhecimento prévio”, refere Alexandra Almeida, gestora de expansão na MaxFinance na segunda conferência do evento.
Então, como é que é feita a escolha certa? “Acredito que é preciso estar de acordo com a marca e reconhecer-se a trabalhar com eles. É ter certeza do know how que a marca tem para oferecer”, diz Camila Vaz, diretora da expansão da empresa Empório da Beleza.
Contudo, “não há fórmulas mágicas”, alerta Pedro Soares, gestor de expansão da Midas. Por isso, depois de escolhida a marca para se aliar, o passo seguinte é beneficiar ao máximo tudo aquilo que tem para oferecer, desde o conhecimento ao apoio jurídico, financeiro e pessoal.
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