Esta posição foi transmitida perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro da Economia, António Costa Silva, durante um encontro com ‘startups’ portuguesas que vão participar na edição deste ano da Web Summit.
Numa intervenção em inglês, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Paddy Cosgrave sustentou que em 2016, quando a Web Summit passou a ter lugar em Lisboa, o centro histórico da cidade “estava praticamente abandonado”, com “a população em declínio”.
“E quase do dia para a noite, num período de tempo muito curto, Lisboa tornou-se o lugar mais atrativo do mundo”, disse.
O empresário irlandês considerou que “quando todo este interesse surge em relação a uma cidade, com tanta gente talentosa vinda de todo o mundo, isso traz grandes oportunidades e também traz desafios”.
“Espera-se que esses desafios possam ser resolvidos com algum dinheiro. Lisboa está encharcada com mais dinheiro do que alguma vez teve, e espero que algum desse dinheiro vá para limar algumas das arestas que surgem quando uma cidade, quase de um dia para o outro, se torna uma das mais atrativas para se estar no mundo”, acrescentou.
Para aqueles que perguntam por que é que a Web Summit alguma vez irá sair de Lisboa, Paddy Cosgrave respondeu: “Provavelmente nunca iremos”.
Nos termos de um contrato assinado em 2018 com o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa, a Web Summit comprometeu-se a manter-se na capital portuguesa por mais dez anos e a não realizar eventos concorrentes na Europa durante este período, recebendo em contrapartida 11 milhões de euros por cada edição — num total de 110 milhões de euros, dos quais 80 milhões provêm do Estado português, repartidos entre 2019 e 2028.
A edição anual deste ano desta cimeira tecnológica em Lisboa está marcada para entre 01 e 04 de novembro.
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