"Espero que seja resolvido. É importante. Eu sou não só responsável pela gestão da empresa como também pelos profissionais que trabalham na empresa. Eu tenho que protegê-los. Eles assinaram um acordo e eu também faço questão de que seja cumprido [o acordo], independentemente do meu caso", afirmou Fernando Pinto, no final de uma audição na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas sobre a privatização da TAP.
Em declarações aos jornalistas, o gestor disse que ainda não teve oportunidade de discutir a questão dos prémios aos administradores da TAP com o atual Governo, mas prometeu não desistir de ver cumprido o que está contratualizado.
"Houve um contrato que foi feito e proposto pelo Governo em 2006, que foi assinado e é claro e objetivo. Compara determinadas performances da empresa com outras empresas, que não são pequenas, são as maiores empresas da Europa. E a TAP nesse período conseguiu dentro das dificuldades de mercado, por que todas passaram, ter um destaque bastante grande", explicou.
Os prémios de gestão começaram a ser pagos em 2006 e foram suspensos em 2009, com o início do período de austeridade e com a entrada em vigor do Programa de Estabilidade e Crescimento.
Segundo o Observador, Fernando Pinto e a sua equipa de gestão da TAP reclamam da Parpública o pagamento de mais de 6,8 milhões de euros em prémios de gestão referentes aos exercícios entre 2006 e 2011, um valor claramente superior ao que efetivamente receberam nos dois primeiros anos desse período, de cerca de 1,8 milhões de euros.
Com o novo desenho do modelo de gestão, Fernando Pinto é presidente executivo do grupo TAP (TAP SGPS) e presidente ao Conselho de Administração da companhia aérea (TAP SA), explicou hoje o gestor na audição, onde foi ouvido na sequência do requerimento do Bloco de Esquerda (BE).
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