“Não vemos razões, pela forma como decorreu a discussão na especialidade, para o PSD mudar o sentido de voto de abstenção”, disse à Lusa o presidente social-democrata Rui Rio.
No dia da votação na generalidade, o líder do PSD já tinha admitido que dificilmente o partido mudaria o seu sentido de voto.
"Só se houvesse uma alteração profundíssima é que alterávamos o sentido de voto, penso que não vai haver uma alteração profundíssima, o diploma vai para a votação final mais ou menos parecido", disse.
Rio afirmou por várias vezes que o partido iria analisar o Orçamento Suplementar com vontade de “ajudar”, salientando que faria depender o voto não da "aceitação desta ou daquela medida", mas da avaliação se o documento responde às necessidades do país até final do ano face às consequências da pandemia de covid-19.
O PCP anunciou hoje que vai votar contra o Orçamento Suplementar na votação final global agendada para sexta-feira na Assembleia da República, depois de se ter abstido na votação na generalidade.
Esta é a primeira vez, em cinco anos, que o PCP vota contra um orçamento do Governo minoritário do PS, depois de ter ajudado a viabilizar todos Orçamentos do Estado desde 2016.
Em 17 de junho, a proposta do Governo de Orçamento Suplementar para 2020 foi aprovada na generalidade apenas com os votos contra de CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, que representam sete dos 230 deputados.
Na generalidade, só a bancada do PS votou a favor, mas PSD, BE, PCP, PAN, PEV e a deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, abstiveram-se na votação do documento, que se destina a responder às consequências económicas e sociais provocadas pela pandemia de covid-19.
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