Em comunicado, o fabricante automóvel francês precisou que a redução de efetivos afeta 8% do total dos trabalhadores e deverá ser implementada nos próximos três anos, em colaboração com os sindicatos e autoridades de cada país.
O construtor automóvel garantiu que vai recorrer preferencialmente a "medidas de reconversão, mobilidade interna e saídas voluntárias", para evitar despedimentos.
O plano prevê a supressão de "perto de 4.600" postos de trabalho em França e mais de "10 mil" no resto do mundo, sem precisar os países afetados.
A Lusa questionou a Renault sobre se o plano abrange a fábrica da empresa em Cacia (Aveiro), em Portugal, mas não obteve resposta até ao momento.
A Renault anunciou também a "suspensão dos projetos de aumento de capacidade [de produção] previstos em Marrocos e na Roménia", indicando ainda que irá estudar "a adaptação das capacidades de produção na Rússia e a racionalização do fabrico de caixa de velocidades no resto do mundo".
A empresa pretende ainda reduzir a produção de veículos, de quatro milhões em 2019 para 3,3 milhões em 2024.
No início do ano, o fabricante automóvel francês anunciou as primeiras perdas na última década, ainda antes de a crise provocada pela pandemia da covid-19 ter agravado a situação no setor.
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