“As direções dos três sindicatos dos bancários da UGT deliberaram o recurso às vias judiciais para que os tribunais declarem a suspensão, atendendo à sua nulidade, dos processos em curso, pois consideram não haver qualquer justa causa objetiva para o despedimento”, pode ler-se no comunicado das três estruturas hoje enviado às redações.
Os sindicatos consideram que está a ser feita uma “instrumentalização de um expediente legal para a aplicação de uma sanção a todos os que não aceitaram sair do banco por reforma ou rescisão por mútuo acordo”.
“A forma como ambos os Bancos conduziram os processos, ameaçando os trabalhadores envolvidos de que se não saíssem por acordo seriam alvo de despedimento coletivo, traduz-se numa pressão inadmissível e põe em causa a sua boa-fé negocial”, entendem as estruturas representativas dos trabalhadores.
Os sindicatos afirmam que “ao longo de meses utilizaram todos os meios ao seu alcance para evitar a concretização da pretensão do BST [Banco Santander Totta] e do BCP”.
“Agora que os bancos confirmam a sua intenção de proceder ao despedimento de dezenas de bancários, recorrendo à instrumentalização de um mecanismo legal, em clara e patente fraude à lei, os três Sindicatos consideram que devem, desde já, envolver os tribunais, estando certos da legitimidade da sua pretensão”, de acordo com o comunicado
Os três sindicatos “continuarão a tudo fazer para defender os seus associados”, conclui o texto.
Os trabalhadores do BCP e do Santander estarão em greve na sexta-feira contra os despedimentos nas duas instituições, de acordo com um comunicado conjunto de seis sindicatos emitido no dia 16 de setembro.
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